Reforma administrativa: Paulo quer reduzir folha, comissionados e cargos

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Medidas para equilibrar finanças da Prefeitura vão ser anunciadas em forma de projeto de lei

Em meio ao descompasso financeiro na Prefeitura de Goiânia, o prefeito Paulo Garcia (PT) trabalha para finalizar a reforma administrativa que fará no Paço para conter gastos e otimizar recursos. Preocupado com o rumo das finanças do Executivo, o petista deve anunciar amanhã um corte de 30% na quantidade de servidores comissionados da Prefeitura, de 5% nos gastos com a folha de efetivos e de 30% de diretorias em algumas pastas, entre elas a da Saúde, além da redução do número de secretarias extraordinárias.

As mudanças propostas serão encaminhadas, por meio de projeto de lei, à Câmara de Goiânia, onde o prefeito espera aprovação do texto sem dificuldades. Segundo interlocutores do petista, Paulo vai cortar dos efetivos horas extras, incorporações e gratificações, como o pagamento de Unidade Padrão de Vencimento (UPVs).

Só com elas a Prefeitura gastou, entre setembro de 2012 e novembro de 2013, cerca de R$ 1,8 milhão. O benefício foi concedido, no período, a 41 servidores do Programa Urbano Ambiental Macambira Anicuns (Puama).

A redução de secretarias já tinha sido sinalizada na semana passada, quando Paulo prestou contas do 3º quadrimestre de 2013 na Câmara. Na ocasião, ele admitiu preocupação com as finanças da Prefeitura e anunciou que faria cortes.
Segundo aliados do prefeito, a maior preocupação é com a folha de pagamentos, que ultrapassou o limite máximo estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

O POPULAR mostrou em reportagem recente que mais da metade do gasto bruto com a folha é composta por gratificações, bônus, horas extras e outros penduricalhos. Conforme demonstrativo do Portal da Transparência da Prefeitura, dos R$ 159,16 milhões gastos com a folha de pessoal em janeiro deste ano, R$ 88,13 milhões foram destinados a benefícios adicionais.
Segundo uma fonte, os auxiliares do prefeito reagiram às propostas de mudanças. Paulo teria determinado, inicialmente, o corte de 50% dos comissionados em cada pasta. “Eles (secretários) reclamaram que o número era muito alto. Ninguém quer perder a estrutura já criada. Mas a tesoura vai trabalhar”, afirmou a fonte.

Segundo ela, será cortada uma das três diretorias em todos os Cais de Goiânia. As dificuldades financeiras da Prefeitura também levaram o prefeito a determinar, recentemente, o corte de 20% nos gastos com energia; 30% com combustível e 50% com telefone em todas as pastas.

Fonte: Jornal O Popular