Acima do nacional, PIB em Goiás cresce 3,1%

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Agronegócio avançou 23,3% no quarto trimestre, mas setor de serviços é destaque no resultado anual

A economia goiana voltou a cair no ano passado, mas ainda se manteve acima da média nacional, repetindo o desempenho dos últimos anos. Em 2013, o Produto Interno Bruto (PIB) em Goiás fechou em 3,1%, chegando a R$ 133 bilhões. No Brasil, o resultado foi de 2,3%. O ritmo de crescimento do Estado, no entanto, perde força. Em 2010, as riquezas geradas em Goiás cresceram 8,8% contra os 7,5% nacionais. Em 2011, a variação foi de 6,7% contra 2,7%, respectivamente. No ano seguinte, Goiás cresceu 4,4% e o Brasil, 1,1%.

Os dados são do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan) e foram divulgados ontem. O setor de serviços apresentou melhor resultado anual, ao crescer 3,5%, seguido pela indústria (2,4%) e agronegócio (1,2%). Os serviços cresceram ancorados na atividade de comércio (4,5%) e administração pública (4,1%). O desempenho do agronegócio foi puxado pelas lavouras permanentes e levou o resultado anual do setor a fechar em 1,2%.

O agronegócio, que vinha de dois índices negativos nos primeiro e segundo semestres do ano e estável no terceiro, avançou 23,3% e reverteu sua contribuição deficitária de outubro a novembro. Segundo técnicos do IMB, o PIB do quarto trimestre de 2013 cresceu 4,4%, maior alta do ano passado, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Além do bom desempenho agropecuário, altas no setor de serviços (3,5%), e da indústria (2,9%), também pressionaram positivamente.

“Os bons resultados registrados na economia goiana no ano passado mostram que as políticas adotadas pelo governo do Estado são interessantes na área industrial, de incentivos, de infraestrutura, que essas políticas surtem efeito”, avalia o secretário de Gestão e Planejamento, Leonardo Vilela.

Já a expansão da indústria goiana, no quarto trimestre de 2013, teve como destaques os parques industriais de transformação (alta de 5,4%, com destaque para produtos químicos e de alimentos e bebidas); a construção civil, que subiu 6,4% em relação a período idêntico do ano anterior, em muito devido à expansão motivada pelas obras públicas e empreendimentos imobiliários alimentados pelo crédito facilitado para a habitação. No resultado do ano, a alta da indústria goiana ficou em 2,4%.

Emprego e exportação

Outros indicadores relevantes da economia goiana em 2013 foram observados no mercado de trabalho e na balança comercial. Goiás registrou saldo de 60.831 novas colocações com carteira assinada no ano passado, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Com isso, o Estado alcançou o segundo melhor desempenho, em termos relativos, e sétimo lugar, em termos absolutos, entre as unidades da Federação. Entre as principais vagas criadas, 25.782 foram preenchidas no setor de serviços, 14.079 no comércio e 10.816 na indústria de transformação.

No comércio exterior, as exportações goianas fecharam o ano de 2013 com montante de US$ 7,043 bilhões, o que representou um recuo de 3,7% no confronto com o ano anterior. As importações também tiveram decréscimo (-5,5%), totalizando US$ 4,840 bilhões no ano. O saldo da balança comercial goiana foi superavitário em US$ 2,2 bilhões, gerando leve acréscimo em comparação com 2012 (0,6%). Pesaram na queda das importações a diminuição na compra de peças/veículos automotores por parte das montadoras instaladas em Goiás.

Perspectivas para 2014

Com base nas projeções para a economia brasileira este ano, os técnicos do IMB/Segplan sugerem que a economia goiana deve crescer mais modestamente este ano, com o PIB estadual variando de 2,5% a 3%. Esse desempenho deve ter o agronegócio novamente como carro-chefe. A agropecuária deverá avançar 5% devido à recuperação de importantes culturas e à baixa base de comparação em 2013, de 1,2%, a menor nos últimos sete anos. (Ascom IMB)

Fonte: Jornal O Hoje