Celg-D é a pior distribuidora de energia do país, diz ranking da Aneel

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Companhia goiana aparece na última posição em uma lista de 35 empresas. Consumidor ficou 40,03 horas sem fornecimento de energia no ano passado.

A Companhia Energética de Goiás Distribuição (Celg-D) teve o pior serviço de distribuição de energia elétrica do país em 2013, de acordo com um ranking divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).  A empresa goiana ocupa a 35ª posição na lista, ficando atrás da Light Serviços de Eletricidade, do Rio de Janeiro (34ª), e da Companhia Energética do Pará (33ª).

O desempenho da Celg-D piorou na comparação com 2012, quando a companhia goiana ocupou o 34º lugar no mesmo ranking. Já em relação a 2011, a queda foi ainda maior, pois naquele ano a empresa aparecia na 28ª colocação.

Segundo a Aneel, para elaboração do ranking de 2013, foram analisados dois pontos: o número de horas que, em média, o consumidor ficou sem energia elétrica e a quantidade de vezes, também em média, em que houve interrupção do fornecimento.

Com isso, os 2.521.877 consumidores atendidos pela Celg-D ficaram 40,03 horas sem energia elétrica no ano passado. Neste caso, o limite aceitável estabelecido pela agência é de 17,29 horas. Já em relação à frequência de interrupção dos serviços, a média foi de 26,24 vezes, sendo que o limite é de 16,76.

Procurada, a Celg não quis se pronunciar sobre o assunto até a publicação desta reportagem.
Já a Aneel reforçou que a análise visa incentivar as concessionárias a buscar melhorias dos serviços prestados e que existem incentivos para que elas alcancem boas posições.

Falta de investimentos

Além da Aneel, a Celg-D também é fiscalizada pela Agência Goiana de Regulação (AGR), que, em 2012, aplicou mais de R$ 100 milhões em multas para a companhia. De acordo com o presidente da entidade, Humberto Tannús Júnior, a maior dificuldade da empresa é a falta de investimentos. “O problema é estrutural, já vem de oito anos, que é a falta de investimento em obras, equipamentos, manutenção. E isso provoca diversas falhas”, afirmou.

Segundo Humberto, a empresa não tem funcionários suficientes para atender a demanda do estado e isso reflete na qualidade dos serviços. “Faltam equipes para recomposição do fornecimento quando há corte de energia. Isso é ainda pior na zona rural, que chega a ficar até quatro dias sem o fornecimento”, ressaltou.

Para tentar minimizar o problema, a AGR e a Aneel propuseram, no final do ano passado, a formalização de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para que os valores que seriam pagos pela Celg-D em multas sejam revertidos para investimentos. “Isso visa acabar com esse ciclo vicioso, já que a companhia alega não ter dinheiro para investir. A proposta está sendo analisada pela Aneel e deve ser aprovada nos próximos dias. Isso vai ajudar que os indicadores de prestação do serviço cheguem aos índices mínimos exigidos”, concluiu.

Fonte: G1 Goiás