Marconi Perillo e Paulo Garcia recebem proposta para transporte coletivo

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Documento com soluções para crise do transporte coletivo foi apresentado pelas entidades do Fórum Empresarial

As entidades do Fórum Empresarial entregaram, hoje pela manhã, ao governador de Goiás, Marconi Perillo, e ao prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, proposta com soluções para a crise do Transporte Público Coletivo da Região Metropolitana de Goiânia. O documento foi elogiado por ambos, que se disseram estar empenhados em implantá-lo. Assinaram o documento pelas entidades empresariais: Acieg, Fecomércio, Fieg, Faeg, FCDL, Facieg, Adial, Ademi, CDL, Sindilojas, Sinduscon e Secovi.

O próximo passo será um encontro com os demais prefeitos da Região Metropolitana para entrega da proposta, que deve ocorrer ainda nesta semana.

Confira a seguir a íntegra do documento:

Os efeitos da crise no Transporte Público Coletivo já estão atingindo os usuários do sistema com efeitos mais que negativos na economia regional, além da iminência de um colapso, a partir do possível impasse com os motoristas de ônibus, neste momento de negociação coletiva com a categoria.

O enfrentamento dessa grave situação requer ações adequadas à sua urgência. Os problemas enfrentados diariamente pela população e os prejuízos causados à economia clamam por medidas práticas e urgentes.

O setor produtivo, mesmo contribuindo com 40% da sustentação financeira do transporte público, sofre impacto negativo dos atrasos dos ônibus e sua consequente superlotação, com reflexos graves na produtividade e até na viabilidade de muitos negócios.

Dessa forma, o Fórum das Entidades Empresariais de Goiás, amparado por estudos e debates do Fórum de Mobilidade Urbana, se apresenta como facilitador de uma união de esforços em busca de soluções necessárias e urgentes.

O objetivo desta iniciativa é conquistar qualidade para o serviço oferecido aos trabalhadores e demais usuários, evitando o reajuste tarifário neste momento, visto que ninguém deve pagar caro por serviço ruim. E para diminuir a distância entre preço praticado e qualidade, é preciso transformar – o que hoje representa um ônus adicional sobre a tarifa -, em reequilíbrio contratual e investimentos na qualidade do serviço.

Esta é uma proposta de enfrentamento da principal distorção do modelo de tarifa que cobra do usuário a conta das gratuidades e a despesa da fiscalização. Boa parte desta conta recai sobre o próprio setor produtivo, através do Vale-Transporte, aumentando o custo social do emprego e diminuindo a competitividade da produção regional.

Assim, de forma consensual, foram listadas propostas emergenciais para evitar o colapso do sistema, com graves consequências para nossa capital e região Metropolitana.

DESONERAÇÃO DA TARIFA – Excluir, até 10 de abril de 2014 (data do dissídio coletivo), as despesas com gratuidade e taxa de gerenciamento e fiscalização. Os objetivos são promover justiça social, livrando os trabalhadores e demais usuários pagantes dos ônus dos programas sociais, que devem ser suportados por toda a sociedade através dos impostos existentes e não apenas pelos usuários do transporte coletivo.

VALOR DA TARIFA – Com a desoneração da tarifa, será possível manter a tarifa no valor atual de R$ 2,70 por mais um ano (completando três anos sem reajuste em abril de 2015), permitindo os investimentos inadiáveis em qualidade e quantidade dos serviços, ou seja, mais ônibus.

AUMENTO DA FROTA – Com a desoneração, as concessionárias deverão de imediato (até junho de 2014) aumentar a oferta de viagens, para reduzir o tempo de espera e a superlotação dos ônibus, aumentando a frota em número suficiente para atender a demanda de passageiros, de acordo com o dimensionamento a ser fixado pelo Poder Público.

PONTOS DE PARADA – Com a desoneração, as concessionárias deverão assumir de imediato a responsabilidade pela manutenção dos pontos de parada, neles disponibilizando informações aos usuários, inclusive os horários das viagens.

TARIFA TEMPORAL (GANHA TEMPO) – Neste contexto deverá ser retomado, a partir de julho de 2014, o sistema de integração temporal, monitorado por meios eficazes de controle da evasão, de forma a facilitar o uso e descongestionar os terminais de toda a RMTC.

TECNOLOGIA – Implantação, até junho/2014, de ferramentas eletrônicas acessíveis por PC, tablets e smartphones, para controle e monitoramento pelos usuários e entidades civis, da frota em operação, dos horários e condições de atendimento.

Fonte: Acieg