“Vejo flores em Goiânia”

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Entre julho e setembro, a capital do Estado ganha ares de imenso jardim, com a floração de várias espécies de ipês

Basta sair às ruas da capital para observar o quanto elas estão mais bonitas, enfeitadas com as flores cor de rosa dos ipês, mesmo com as altas temperaturas e a sequidão características desta época do ano. Dentro das categorias de árvores que dão flores, os ipês florescem uma vez por ano, de acordo com a estação e a espécie.

Segundo o presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Ormando José Pires Junior, os tipos mais comuns na capital são ipê rosa, roxo, amarelo e branco. “Por serem árvores típicas do cerrado, elas não precisam de muita água para se desenvolver, a não ser quando ainda estão no início do crescimento”, explica.

Ele destaca que, antes de se encherem de flores para adornar as vias da capital, os ipês perdem todas as suas folhas. “Dessa forma, eles concentram suas forças para o florescimento pleno.” Conforme o presidente da Comurg, para muitas pessoas, o florescimento do ipê é um aviso de que as chuvas estão chegando. Além dos ipês, ele lembra que outras plantas do Cerrado também se colorem nesta época, como o nó de porco, jacarandá mimoso, paineira vermelha da Índia (que não é típica do Cerrado) e as paineiras brancas ou barrigudas.

Ormando ressalta ainda o uso dos ipês no paisagismo urbano. “Uma das vantagens que a espécie apresenta é o fato de suas raízes não quebrarem as calçadas.” E, mesmo sendo as árvores mais usadas com essa finalidade no Brasil, o presidente da Comurg revela que muitas espécies da planta estão ameaçadas de extinção por causa da expansão da pecuária e das lavouras.

O presidente esclarece ainda que os ipês florescem entre julho e setembro e seus frutos aparecem em setembro e outubro. “As primeiras florações demoram de três a quatro anos após o plantio e todas as espécies florescem ao mesmo tempo, não havendo intervalo de uma para a outra”, diz.

Fonte: Jornal O Hoje