Goiás gasta R$ 0,92 por dia em Saúde

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Goiás investe apenas R$ 0,92 per capita por dia em saúde. O dado consta de um levantamento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2013, divulgado esta semana. Ao todo o valor liquidado pelo Estado foi de R$ 2,133 milhões, o que representa R$ 331,67 gasto por pessoa naquele ano. Número considerado bem abaixo dos parâmetros internacionais.

No ranking de aplicação de recursos na saúde, Goiás está atrás de federações que historicamente têm menor capacidade de investimentos e população. O Estado aparece na 16ª posição, depois de Rio Grande do Norte e Rondônia, que investem, respectivamente, R$0,93, e R$1,01 por dia. A pesquisa considera as despesas apresentadas pelos gestores à Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda, por meio de relatórios.

Quando comparado com a média per capita do País (considerados os gastos federais, estaduais e municipais), os recursos aplicados por aqui em 2013 são ainda menores. A média nacional chega a R$ 3,05 por dia e R$ 1.098,75 por ano. Valores, segundo análise do Conselho Federal de Medicina, considerados insuficientes para um adequado financiamento da saúde pública e apenas metade do que gastaram os beneficiários de planos de saúde do Brasil no mesmo período.

Falta de investimento

Segundo o diretor do Sindicato dos Médicos de Goiás, Robson Azevedo, a pesquisa demonstra, por meio de números, a realidade diária da Saúde no Estado. Para ele, a pasta não é considerada prioritária para os governos, o que explica a estrutura precária, baixos salários e falta de profissionais. “Esses só demonstram o que o cidadão que procura a Saúde pública já sabe. Se não há recurso, não há investimento adequado, consequentemente não há qualidade”, diz. Os indicadores e as condições de trabalho para os médicos revelam como os valores gastos estão abaixo do ideal.

Resposta

A Secretaria Estadual de Saúde comentou, por meio de nota, os dados da pesquisa do CFM. Segundo informa, a aplicação de recursos em saúde pelo Estado de Goiás, no ano de 2013, foi de 12,58% do orçamento estadual, portanto acima do percentual mínimo obrigatório de 12% estabelecido pela Constituição Federal. A nota diz que o governo federal precisaria aumentar sua aplicação de recursos na Saúde Pública, que tem sido em média de 5% do orçamento geral da União.

A nota ainda informa que a secretaria investe na melhoria do atendimento, na capital e no interior, com a construção dos Ambulatórios Médicos de Especialidades e a criação da Rede Hugo, com dez hospitais aptos a atender urgências e emergências.

Fonte: Jornal O Hoje