Goiânia tem 9º maior poder de compra

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Indicador coloca capital entre as nove no mundo onde o consumidor consegue comprar mais com salário

Levantamento realizado pelo site Numbeo, onde os usuários cadastram preços e dados de suas cidades em todo o mundo, divulgou este mês o Índice de Poder de Compra 2014. De acordo com a pesquisa, Goiânia é a cidade com maior poder de compra do Brasil e a nona em todo o mundo. Para se ter uma noção, a capital goianiense está na frente de Londres e Buenos Aires, e logo atrás de Paris no ranking (veja o quadro).

O indicador mede a quantidade de bens e serviços que os cidadãos das principais cidades do mundo conseguem adquirir com seus respectivos salários. São levados em conta os valores de transporte, alimento, moradia, utilidades e restaurante.

Como base para o índice, foi usada a cidade de Nova York, com 100 pontos. Os moradores de São Paulo, que recebeu 41,7 pontos, possuem poder de compra 58,3% menor que os nova-iorquinos.

Entre os municípios brasileiros que apareceram, a melhor colocada é Goiânia, com 75,8 pontos, e a pior é Curitiba, que ficou com apenas 28,6.

“Goiânia sempre tem se destacado nos últimos anos. Grandes empresários estão procurando a cidade para fixar residência. Isso porque vários setores, como da indústria, do comércio e vários empresários rurais, estão migrando para a capital de Goiás”, diz o economista Jefferson de Castro.

Mas, para ele, essa pesquisa está um pouco exagerada. “Se levar em consideração o transporte público, por exemplo, o de Goiânia é um dos mais caros do Brasil, ficando na frente inclusive de São Paulo e Curitiba, que também estão nesse índice”, diz.

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De acordo com Jefferson de Castro, o que pode explicar esse poder de compra mais elevado é que o custo de vida na capital goiana é mais em conta que outras cidades do País. “Está em uma posição intermediária em relação aos outros municípios. Mas, com relação aos grandes centros, o custo de vida é bem menor, com certeza.”

Outras cidades brasileiras que receberam pontuação são: Campinas (65,8), Recife (61,1), Brasília (60,6), Fortaleza (47,8), Florianópolis (42,1), Belo Horizonte (38,7), Rio de Janeiro (34,6), Salvador (33,2) e Porto Alegre (31).


Impostos

Segundo o economista, a posição das cidades brasileiras não é melhor por causa dos altos impostos pagos pelos consumidores. “Se for levar em consideração o lado do consumidor, os impostos estão realmente muito altos em relação aos outros países. Com exceção da França e da Inglaterra, que também possuem altos encargos tributários, a maioria dos países desenvolvidos estão em melhores condições do que o Brasil. Aqui na América do Sul, o Chile e a Argentina são exemplos disso também”.

Um estudo com 30 países divulgado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) mostra que o Brasil é o país onde os impostos arrecadados menos se convertem em serviços para a população. Para calcular as posições de cada país, o IBPT criou um índice, o Índice de Retorno De Bem Estar à Sociedade (Irbes). As posições de cada país no Irbes foram calculadas com base em dados econômicos (carga tributária) e sociais (IDH). É a quinta vez consecutiva que o Brasil aparece em último no ranking.

Os primeiros colocados são: Estados Unidos; Austrália; Coreia do Sul; Irlanda e Suíça. Nas últimas colocações, à frente do Brasil, estão: Argentina; Hungria; Finlândia; Itália; Dinamarca e França.

Fonte: Jornal O Hoje