Aeroporto de Cargas tem 65% das obras concluída

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A pista do Aeroporto de Cargas de Anápolis está pronta, e com isso 65% das obras foram concluídas. Orientada no sentido norte-sul, a pista tem 3,3 mil metros de cumprimento por 100 metros de largura, faixas de escape gramadas de 150 metros de cada lado. Grande parte dela entra por terreno fortemente declinado, o que exigiu muitas horas de serviços de aterramento, terraplanagem e compactação.

Para assegurar a qualidade da pista, foi instalada no canteiro de obras uma usina de asfalto betuminoso quente. O objetivo era levar a massa asfáltica ainda quente até o local de sua aplicação. O esfriamento da massa durante o transporte rebaixa a qualidade do piso, daí a decisão de se instalar uma usina de asfalto ao lado da pista, que foi desativada após a conclusão da obra de pavimentação.

O Aeroporto de Cargas de Anápolis (ACA) foi projetado para receber os maiores e mais pesados cargueiros do mundo, desde o Boeing 747- 400 Freigter até o gigantesco Antonov, de fabricação russa.

O Boeing 747-400 Freigter pode transportar até 396,8 toneladas e voar mais de 13 mil quilômetros sem reabastecimento, a uma velocidade média de 900 quilômetros por hora. A capacidade de receber aviões desse porte, com esta capacidade de movimentação de cargas, reduzirá drasticamente a dependência de portos marítimos. As importações ficarão mais baratas e as exportações ficarão mais rentáveis. Acrescente-se a isto o ganho de tempo, pois o transporte aéreo é muito mais rápido do que o marítimo.

Para entrar em operação, contudo, o Aeroporto terá que receber obras complementares, tais como pátio de estacionamento, as pistas de taxiamento, hangares, armazéns e edifícios da administração e controle de tráfego aéreo. Além disso, falta receber balizamento noturno e demais equipamentos de controle de tráfego aéreo.

O eixo da plataforma
Projetado para integrar a Plataforma Logística Multimodal de Goiás, o ACA esta situado próximo ao Porto Seco de Anápolis, no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), o que fará daquele município um dos principais entrepostos comerciais do País. Além disso, integra o Eixo Goiânia/Anápolis/Brasília, terceiro maior mercado consumidor do Brasil.

O Daia, a 54 quilômetros de Goiânia, abriga o maior polo farmoquímico da América do Sul, um conjunto de fábricas de remédios que utilizam matéria-prima importada. A chegada desta matéria-prima às fábricas anapolinas a bordo de grandes aviões cargueiros deve reduzir o custo de fabricação, o que resulta em redução de preço ao consumidor.

O distrito ocupa uma área de mais de 1,7 mil hectares. Produz insumos para lavoura e pecuária, alimentos, medicamentos, material de construção em geral, eletrodomésticos, metalúrgicos e produtos automotivos. O Daia abriga ainda fábricas de equipamentos eletro-eletrônicos, de autopeças e até de automóveis – e outros bens de elevado valor agregado. Dentro do distrito funciona uma repartição alfandegária – o chamado porto seco, ou, oficialmente, Estação Aduaneira do Interior, destinado a receber importações e despachar exportações em containers lacrados.

Fonte: Goiás Agora