Falta área de lazer na periferia
Em feriados, parques de Goiânia em bairros nobres ficam lotados, enquanto outros ficam totalmente vazios.
Centenas de pessoas passaram pelo Parque Flamboyant, no Jardim Goiás, durante o dia de ontem, na região sul de Goiânia, para aproveitar o feriado do Dia do Trabalhador. Inúmeras famílias goianas optaram pelo espaço cercado de lazer, verde e sombras. O advogado Eduardo Camargo, 39, levou a filha Beatriz, 4, e as amiguinhas ao parque para se divertirem na manhã de sol. “As crianças adoram esse lugar, aqui é uma região privilegiada”, afirma o morador do Jardim Goiás.
Apesar de haver parques, shoppings e clubes na região, Eduardo acredita que os moradores merecem mais opções de lazer. “Este ano promete ser bom para as crianças, principalmente pela esperada reabertura do Zoológico e do Parque Mutirama.” A também advogada Cristina Franco, 34, levou a filha Sofia, 1, para brincar no balanço. Moradora do bairro Nova Suíça, ela conta que, em sua opinião, a quantidade de espaços destinados ao lazer é suficiente. “Onde moramos é perto de tudo, inclusive de outros parques como o Areião e o Vaca Brava”, justifica.
A empresária Lilia Cesário, 35, é mãe do João Gabriel Sousa Batista, 6, e revela que vai ao parque todos os fins de semana e feriados para levar o filho para brincar. Para ela, lazer não é problema, já que vive no Parque Amazônia, setor situado próximo a outros parques. “Temos várias opções de onde ir para encontrar diversão para nossos filhos.”
O movimento no Parque Flamboyant, por exemplo, é grande nos feriados, garante o vendedor de algodão-doce Antonio Carlos Coutinho, 52. Há cinco anos trabalhando no mesmo ponto, o senhor, que já é conhecido pela criançada como vovô Tonho, conta que em dias como o de ontem chega a vender cerca de 200 saquinhos de algodão-doce. “Sempre tem muita gente por aqui, mas a movimentação tem sido menor porque a cidade está cada vez mais com opções de lazer para as famílias”, frisa.
Contraste
Se de um lado da cidade as opções de lazer são diversas, do outro a ausência de espaços públicos destinados à diversão é visível. Os moradores do Setor Finsocial, por exemplo, não têm o que fazer em feriados e em fins de semana. Situado na região noroeste da capital, o bairro tem apenas uma praça que não agrada aos que vivem por ali. No local há bancos, brinquedos e até uma quadra, mas nenhuma árvore plantada.
Debaixo do sol escaldante, o aposentado Jovem Pereira da Silva, 93, era a única pessoa no meio da praça na manhã de ontem. “Estou me esquentando”, conta. Quem passa por ali nem pensa em parar, principalmente porque não há sombras. “Como vou trazer as crianças para brincar aqui se não tem onde ficar?” indaga a dona de casa Ana Lúcia Alves Vieira, 28. A filha Isabelly, 5, tenta se distrair nos poucos brinquedos por lá, mas não consegue ficar muito tempo exposta ao sol.
A única opção de lazer para quem mora na região é o shopping, mas a distância não é curta. “De ônibus a gente demora cerca de 25 minutos”, diz Ana Lúcia. Para ela, a solução seria plantar árvores na pracinha do bairro e apostar em segurança. A cabeleireira Silvana Lucas, 45, comenta que o local tem sido cenário favorável ao tráfico de drogas. “Que lazer tem o pobre? O poder público deveria investir nessas praças e em segurança”, diz, indignada.
Fonte: Jornal O Hoje
3 comentários
Write comentáriosQuando que o CorruPT e PMDB vai pensar em periferia?
ReplyO povo que é sem cultura se divide com o trafico de drogas, com a inclusão, eles só estão pensando no novo pleito para se reelegerem. Se estiver pensando em algum desenvolvimento na nossa cidade de Goiânia, através de Iris Resende e Paulo Garcia, vai esperar mais 30 anos, sentado.
Enquanto essa corja não sair daí Goiânia não vai para frente.
Paulo Garcia e companhia está acabando com Goiânia por meio de corrupções na gestão Iris e PAulo. Só desvio e superfaturamento no mutirama são 80 milhões. Fora Paulo GArcia!
ReplyMinistério Público-GO acorda, paralisa essas obras do Mutirama. Goiânia está no fogo cruzado, procuradores, desembargadores, juizes estão cumplicentes com o erro, errando também. PARALISA
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