Parques de Goiânia precisam de manutenção

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Vandalismo e falta de cuidados com os espaços deixam os locais menos atrativos para a população

Parques são espaços públicos fundamentais para fomentar o lazer e a convivência harmônica entre os integrantes de uma comunidade, um bairro e mesmo uma cidade inteira. Em vários locais do Brasil, esses espaços representam mais do que um local para correr, caminhar, brincar com as crianças ou praticar algum esporte, acabam virando um personagem da cidade, é o caso, por exemplo, do Central Park em Nova York.

Os parques em Goiânia, por sua beleza, acabam virando de fato personagens à parte em nossa capital, porém esses cenários que dão notoriedade à cidade estão carentes de atenção do poder público municipal e de um pouco mais de cuidado da população, que possui integrantes que insistem em depredar um patrimônio que deveria ser de todos.

De acordo com Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), por ano, são gastos R$ 2,4 milhões com trabalho de manutenção dos 32 parques implantados na capital, desse total R$ 500 mil são gastos com reparos frutos de vandalismo e depredações. “Infelizmente, são uma infinidade de problemas causados por ações de vândalos, como, por exemplo, roubo de fiação elétrica, danos à iluminação pública, banheiros depredados, quebra de bancos, danos às lixeiras, pichações, estragos nas sedes administrativas e muito mais”, revela o diretor de Áreas Verdes e Unidades de Conservação, Antônio Esteves.

Usuários cobram reformas e segurança

A depredação em parque não poupa nem áreas nobres da cidade, como o Parque Vaca Brava, no Setor Bueno. Com baços e aparelhos de ginásticas visitantes assíduos do local reclama também da falta de iluminação e uma melhor urbanização do espaço.

Para a agrônoma Ana Lídia Oliveira, de 25 anos, os estragos no Parque Vaca Brava são frutos não só de ações de vandalismo de pessoas da própria população, mas também por uma certa omissão do poder público. “Tem muita gente que não respeita o patrimônio público, mas bem que a prefeitura pode cuidar melhor dos bancos e dos aparelhos de ginásticas que sequer recebem uma pintura”, afirma.

O vendedor de cocos Rosimar dos Santos, de 30 anos, defende que a Prefeitura deveria melhorar a segurança, até para evitar os atos de depredação.

Um dos mais antigos e charmosos espaços de lazer de Goiânia, o Lago das Rosas é outro espaço vítima da omissão do poder público e do descuido da população.

A professora Marcilene Cardoso, 50 anos, chama atenção para os brinquedos de madeira para as crianças, com muitos faltando madeiras o que causa falhas onde os pequenos podem fraturar algum membro. “Semana passada meu neto ficou com pé preso e a sorte é que eu estava bem perto e ele não se machucou, pelo tamanho do espaço que fica pela ausência da tábua retirada; se for uma criança bem magrinha, na hora de brincar, ela poderá cair e ficar pendurada só pela cabeça”, avisa a professora.

Fonte: Jornal O Hoje