Motoristas não entram em acordo e greve continua
Os motoristas do transporte coletivo se reuniram no início da noite desta quinta-feira (2) para definir pela continuidade, ou não, da greve iniciada pela manhã. Sob protestos, tumulto e muita confusão, não houve consenso.
Da sede do Sindicoletivo, na T-36, no Setor Bueno, os motoristas seguiram em passeata até a sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). No local está sendo realizada uma reunião de conciliação. Eles não aceitaram a proposta da Rede Municipal de Transporte Coletivos (RMTC) oferecida na quarta-feira (1°).
A greve pegou os usuários do transporte coletivo de surpresa. Pela manhã o Eixo Anhanguera, a linha que mais transporta passageiros na capital, operou com 30% da quantidade de ônibus. No Terminal Cruzeiro, em Aparecida de Goiânia, os usuários foram impedidos de entrar no local. Bilhetes sitpass também não foram comercializados.
O outro lado
O Setransp quer reajustar o salário e a gratificação dos motoristas sob o valor da inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) com base em março, o equivalente a 6,77%. A proposta foi aumentada para 7,77%. O Sinditransporte recusou as duas. Os motoristas querem um reajuste de 10% ou mais no salário e na gratificação e de 30% no vale alimentação.
Em nota, a RMTC afirmou que as partes teriam feito um acordo com os mesmos índices praticados em 2012; 9% de aumento nos salários e na gratificação de função suplementar e reajuste de 22% no auxílio alimentação.
Em seguida os representantes do Sinditransporte afirmaram que acordo feito com o Setransp necessitava ser aprovado pelos trabalhadores, o que não aconteceu. O TRT determinou que pelo menos 70% do transporte coletivo seja mantido em circulação nos horários de pico e 40% nos demais horários. A multa para quem desrespeitar a ordem é de R$ 50 mil diária.
Fonte: Portal 730