CMTC contabiliza prejuízos resultantes de protesto contra reajuste da passagem

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Em nova manifestação contra o reajuste na tarifa do transporte coletivo de Goiânia e Região Metropolitana estudantes e policiais entraram em confronto na noite desta terça-feira (29/5) nas proximidades do terminal da Bíblia, no Setor Leste Vila Nova. Embora o protesto tenha começado de forma pacífica, na Praça Universitária, as palavras de ordem de alguns dos cerca de 200 manifestantes indicavam que no ponto final da passeata, o terminal, poderia haver confusão.

O saldo atualizado pela Companhia Metropolitana dos Transportes Coletivos (CMTC) nesta quarta-feira (29) contabiliza um ônibus totalmente queimado e dois parcialmente danificados. Os três veículos foram recolhidos para avaliação do prejuízo e em seus lugares, segundo a assessoria de imprensa, foram colocados veículos da frota reserva. Nesta manhã o presidente da CMTC, Ubirajara Abudi concede coletiva à imprensa para tratar do assunto. Embora sob responsabilidade do governo estadual, dois ônibus do eixo Anhanguera também foram depredados.

Vinte jovens foram levados para o 1º DP da capital, no Setor Central. Foi necessária a intervenção do Batalhão de Choque da PM para dispersar os manifestantes. No mesmo dia, o Procon Goiânia anunciou que encontrou erros no cálculo do reajuste tarifário promovido na quinta-feira da semana passada, dia 22, que alterou o preço da passagem de R$ 2,70 para R$ 3.

Segundo o órgão fiscalizador, o valor correto seria R$ 2,90, a ser reduzido por conta da redução a ser promovida a partir de 1º de junho devido suspensão da de PIS e Confins que incidem sobre as tarifas do transporte coletivo urbano em todo o país. Nesta quarta-feira o Procon Goiânia entra com uma ação judicial na Justiça para anular o reajuste de 11%.

Entre os questionamentos do Procon está o fato de para calcular o reajuste ter sido usado peso de 35% sobre os custos com combustível, o diesel, enquanto a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos estabelece que o correto é 20%. A falta de investimento da CMTC para melhorar a qualidade do serviço prestado também é questionada. Além de superlotação, os ônibus geralmente atrasam e aos finais de semana a frota é reduzida.

Fonte: Jornal Opção