Grupo holandês quer tratar lixo em Aparecida de Goiânia
Conforme o diretor comercial da Vital Planet, Adriano Castanheira, após a assinatura do contrato e com as devidas autorizações, a usina seria implantada em um ano.O prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), e o secretário de Desenvolvimento Urbano, Walbênio Oliveira, receberam nesta quinta-feira, 7, representantes da empresa holandesa Vital Planet, que pretende investir 100 milhões de euros na implantação de uma usina de tratamento de lixo urbano no município. “Vamos analisar o projeto que propõe uma solução definitiva para a questão do tratamento do lixo, proporcionando mais qualidade de vida à população e àqueles que trabalham com a reciclagem”, sublinhou o peemedebista.
Conforme o diretor comercial da Vital Planet, Adriano Castanheira, após a assinatura do contrato e com as devidas autorizações, a usina seria implantada em um ano. “O investimento pela instalação, de 100 milhões de euros, é por nossa conta”, adiantou. A contrapartida da prefeitura seria doar uma área para a construção da usina e a concessão dos resíduos urbanos por 30 anos, prorrogada por igual período. “Avaliaremos as vantagens econômicas e sociais que Aparecida possa auferir com o projeto. Porém, outros grupos de investimentos também têm interesse no tratamento do lixo”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Urbano.
Segundo Castanheira, a usina de Aparecida trabalhará com capacidade de tratamento de mil toneladas por dia. “Com isso, podemos produzir 60 megawatts de energia e oito caminhões de gás metano”, sustentou o diretor, que atua no Brasil desde 2006 e possui um projeto em fase de implantação no Rio de Janeiro (RJ). O empresário disse ainda que o interesse pela segunda maior cidade goiana deve-se à população de 515 mil habitantes. “O custo de instalação de uma usina para tratar 500 ou mil toneladas é o mesmo”, alegou.
Caso o prefeito Maguito Vilela avance no sentido de acertar com a empresa holandesa, o município celebrará uma parceria público-privada (PPP) e terá direito à participação nos lucros – relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) concluiu que para cada um dólar investido em soluções para a eliminação dos aterros sanitários, o retorno econômico é de quatro dólares –, além do custo social. “Devemos gerar, inicialmente, 150 empregos diretos por meio de cooperativa”, disse o diretor da Vital. De acordo com Oliveira, o material reciclado poderia ser utilizado na construção de equipamentos públicos, como praças e jardins.