Venha aí espécie de pequi sem espinhos
Novidade para os que apreciam o pequi, mas temem os famosos espinhos. Está próximo de chegar à mesa do goiano o fruto do Cerrado sem espinhos. Pesquisa realizada em parceria da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seagro) com Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolve clonagens de plantas para que sejam reproduzidos pequis sem espinhos. O plantio simbólico da primeira muda da fruta foi realizado às 10 horas de ontem, no pátio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seagro), pelo secretário Leonardo Veloso e também pelo jornalista Batista Custódio, que estava acompanhado de seus filhos João do Sonho e Maria do Céu. Na ocasião, o editor-geral do Diário da Manhã foi presenteado com uma muda do novo fruto.
O projeto, implantado em 2002, é coordenado pela cientista Elainy Botelho Carvalho Pereira (Seagro) e desenvolvido em parceria com os pesquisadores da Embrapa Ailton Vitor Pereira, Nilton Tadeu Junqueira e Eny Duboc. As instituições planejam lançar no mercado, a partir de dezembro de 2011, o material genético para comercialização da nova variedade de frutos que não espeta.
O ponto de partida para a pesquisa foi a chegada de uma carta contendo cinco caroços de pequi. As espécies foram enviadas da cidade mato-grossense Canarana, por Edemo Corrêa. Em um pequeno pedaço de papel, o agricultor disse que as amêndoas não continham espinhos. Das cinco sementes plantadas, apenas uma vingou e deu fruto sem espinhos. As mudas clonadas reproduziram os primeiros frutos sem espinhos no fim do ano de 2007.
Produção
O secretário da Seagro, Leonardo Veloso, afirma que, além do caráter econômico, o novo pequi tem também as vantagens nutricional e ecológica. “Agora vamos favorecer o consumo também para aqueles que não conhecem o pequi. Mas, para isso, precisaremos de uns dois anos para disponibilizar as mudas, quando já deveremos ter umas 800 para a multiplicação.”
Leonardo enfatizou que o plantio simbólico do pequi sem espinho é feito junto com a recriação da Emater, que, já nos próximos dois meses, volta a operar. Segundo o secretário, a Emater facilitará a busca de recursos para os projetos dos agricultores.“A grande vantagem é agilidade, autonomia e mais facilidades na obtenção de recursos para atuação na pesquisa.”
O editor-geral do Diário da Manhã, Batista Custódio, disse que nunca deixou de plantar uma muda de árvore que ganha. “O segredo em preservar a natureza é deixar a planta crescer”, explica. O jornalista, que fez questão de ressaltar que não é ecologista, frisou que as entidades públicas brasileiras e os ecologistas xiitas dificultam o trabalho de preservação ambiental daqueles que são verdadeiros amantes do meio ambiente.
Processo
A clonagem do pequizeiro dá-se pelo processo de enxertia por borbulhia – método em que o enxerto é constituído de uma pequena lasca de caule da planta matriz a ser multiplicada, contendo uma gema ou borbulha (local onde surge um broto). Da planta matriz sem espinho, retira-se uma lasca que é enxertada em uma planta de pequi comum, utilizada como porta-enxerto. Depois de 30 dias, é verificado se o enxerto deu certo ou não. Caso o ciclo tenha se completado, o porta-enxerto (a árvore de pequi comum) é cortado, para que a parte enxertada, ou seja, espécie geneticamente idêntica à primeira muda, possa se desenvolver e reproduzir-se. O prazo mínimo para que a nova muda fique pronta, a partir da clonagem até a sua plantação, é de um ano.
A engenheira agrônoma Elainy explica que, além do fruto sem espinho, a pesquisa visa fazer um levantamento de material genético de alta qualidade para que o fruto do pequi seja mais carnudo, saboroso e resistente às pragas. “O novo pequi é mais polpudo e a cor laranjada é mais intensa. A árvore é vigorosa e tem uma folha maior que a do pequizeiro comum”, detalha.
O estudo do pequi sem espinho encontra-se na fase de multiplicação de material genético, para que depois seja repassado aos viveiristas. Elainy e Ailton contam que serão necessárias no mínimo mil mudas para se iniciar o processo de produção. Um plano de marketing é elaborado para atender a demanda comercial
Benefícios
Não é só se ver livre dos espinhos que o consumidor deve comemorar. Quem degusta o fruto com espinho, coloca no prato uma iguaria de elevado valor nutricional. Pesquisas comprovam que o pequi é rico em vitaminas: 100 gramas de polpa comestível do fruto contém 20 mg de vitamina A (quantidade maior que da cenoura, a garota propaganda da vitamina), 12 mg de vitamina C, 30 mg de vitamina B, 463 mg de riboflavina e 387 mg de niacina. Dessas, destaca-se a vitamina A.
Entenda o processo da clonagem
A clonagem dá-se pelo processo de enxertia por borbulhia – método em que o enxerto é constituído de uma pequena lasca de caule da planta matriz a ser multiplicada, contendo uma gema ou borbulha (local onde surge um broto)
Da planta matriz, retira-se uma lasca que é enxertada em uma planta de pequi comum, utilizada como porta-enxerto.
Depois de 30 dias, é verificado se o enxerto deu certo ou não.
Caso o ciclo tenha se completado, o porta-enxerto (a árvore de pequi comum) é cortado, para que o enxerto possa se desenvolver e reproduzir
Tabela nutricional do pequi:
Tipo/ Medida/ Quantidade
Caloria (Kcal) 89
Umidade (g/100g) 76
Proteína (g/100g) 1,2
Gordura (g/100g) 0,9
Carboidrato(g/100g) 21,6
Fibra bruta (g/100g) 5,5
Minerais totais (g/100g) 0,3
Cálcio (g/100g) 14
Fósforo (g/100g) 10
Ferro (g/100g) 12
Niacina (g/100g) 0,4
Vitamina B1 (g/100g) 0,03
Vitamina B2 (g/100g) 0,46
Vitamina C (g/100g)12
Caloria (Kcal) 89
Umidade (g/100g) 76
Proteína (g/100g) 1,2
Gordura (g/100g) 0,9
Carboidrato(g/100g) 21,6
Fibra bruta (g/100g) 5,5
Minerais totais (g/100g) 0,3
Cálcio (g/100g) 14
Fósforo (g/100g) 10
Ferro (g/100g) 12
Niacina (g/100g) 0,4
Vitamina B1 (g/100g) 0,03
Vitamina B2 (g/100g) 0,46
Vitamina C (g/100g)12
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Diário da Manhã
10 comentários
Write comentáriosONDE ENCONTRAR MUDAS DE PEQUI SEM ESPINHAS
ReplyALGUÉM VENDE MUDA DE PEQUI SEM ESPINHOS?
Replyum agricultor desenvolve uma descoberta tão interesante como esta, e um bando de aproveitadores se apriam desta descoberta, e não tardará aparecer um espertinho e patentear a descoberta e ganhar muito dinheiro com isto, e o coitado do agricultor que foi o verdadeiro inovador tecnológico, como muitas outras já ocorrida no Brasil e no mundo ficara a margem da historia, duvidao disto?
ReplyONDE ENCONTRAR MUDAS DE PEQUI SEM ESPINHAS
Replyonde compro as mudas de pequi?
ReplyMarilde
onde compro mudas de pequi enxertadas e sem espinho?
Replygostaria den saber onde posso comprar mudas de piqui sem espinhos
Replytemos que divulgar e espalha essa variedade.
Replyonde adquirir as mudas? Marcelo
ReplyE a multiplicação dessa nova espécie não traria risco de extinção a árvore de pequi comum. A natureza é bem clara com as suas leis. Os fracos somem e os fortes sobrevivem. Por isso se existem mais espécies de pequi comum é porque esse se adaptou melhor.
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