Licitação para obras do Programa Macambira Anicuns recebe proposta de apenas um consórcio
Grupo formado por Elmo Engenharia, Gae Construtora e Comércio, e Sobrado Construtora deve assumir a execução do projeto. Próximo passo é a análise de documentos fiscais e aqueles referentes à capacitação técnica das empresas
O Consórcio Construtor Puama, formado por Elmo Engenharia, Gae Construtora e Comércio, e Sobrado Construtora, é o vencedor da licitação para a realização das obras do Programa Macambira Anicuns (Puama). O resultado foi divulgado na tarde desta segunda-feira (31/3) pela Prefeitura de Goiânia, após o encerramento do prazo de envio de propostas, ocorrido nesta manhã.
O Consórcio Puama foi o único a enviar uma proposta, cujo valor foi de R$ 120 milhões. O envelope do grupo foi aberto pela Comissão Geral de Licitação, que se reuniu na Sala de Licitações da Secretaria Municipal de Administração (Semad), no Paço Municipal.
O próximo passo é a análise de documentos fiscais e aqueles referentes à capacitação técnica das empresas. A Semad espera concluir essa etapa em no máximo 10 dias.
Segundo o secretário municipal de Administração, Valdi Camárcio, que preside a Comissão de Licitação, o processo licitatório deve ser concluído em até 45 dias caso a documentação esteja em conformidade com a legislação e especificações exigidas. A previsão é que as obras tenham início em julho deste ano.
Para Camárcio, o fato de apenas um grupo apresentar proposta é resultado das exigências do edital, baseadas na legislação brasileira para licitações internacionais, e do próprio Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que irá financiar as obras. “Nós acreditamos que vamos conseguir viabilizar esse projeto tão importante para a cidade”, afirmou. “Espero que esse consórcio seja habilitado e que consiga honrar o compromisso”
Breve histórico do Puama
Idealizado em 2003 pelo então prefeito de Goiânia, Pedro Wilson (PT), o projeto visa a revolução urbana na capital, já que prevê a solução de problemas ambientais resultantes da ocupação desordenada do espaço urbano do município. A previsão inicial era de que em cinco anos as obras fossem finalizadas por completo –– o que pode não ocorrer por conta da desistência da primeira empresa licitada.
Trata-se de uma obra que atingirá 131 bairros de Goiânia, englobando as regiões Oeste, Noroeste e Norte, por meio de projetos interligados que se estenderão por aproximadamente 30 km. Estima-se que cerca de 3.500 moradores da região central serão beneficiados com a criação de áreas de lazer, como parques, áreas de recreação, sala de esculturas, pistas de caminhada, dez travessias para pedestres e ciclistas, além dos núcleos de "Estar", que serão uma espécie de área de convivência, com banheiros, mesas e bancos.
Também consta no projeto a construção de aproximadamente 260 unidades habitacionais, que acomodarão famílias que vivem em áreas públicas ou de risco, próximas ao Ribeirão Anicuns e ao Córrego Macambira. Esses dois rios banham 70% da área urbana de Goiânia e correspondem à bacia hidrográfica mais importante localizada na capital.
As obras do projeto foram iniciadas no primeiro semestre de 2012 e paradas em setembro do mesmo ano por conta do abandono da empreiteira vencedora da primeira licitação, a Empresa Sul Americana de Montagem S.A (EMSA). A empresa sofreu algumas sanções pelo abandono das obras, previstas no contrato nº 001/2012, como aplicação de multa no valor de R$ 844.870,93, resultante de 3% do valor não executado das Ordens de Serviços emitidas mais o serviço a ser feito; além de mais R$ 442.769,25, fruto de indenização pelos prejuízos causados pela empresa e dos riscos ocasionados pela paralisação das obras.
Veja o Projeto:
Fonte: Jornal Opção (Thiago Burigato)