Com crise, tarifa do transporte pode subir

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Alteração no valor da passagem, que deve chegar a R$ 2,90, seria uma maneira de resolver problema. Motoristas ameaçam cruzar os braços, em razão de salário

A passagem do transporte público de Goiânia pode sofrer reajuste caso prefeitos dos municípios da região metropolitana e governo do Estado não firmem acordo para subsidiar o pagamento das gratuidades – passagens de idosos, deficientes, crianças e estudantes. A decisão deveria ter sido tomada na segunda-feira (7), mas foi adiada para amanhã. Caso os prefeitos não cheguem a um acordo com o governo, a passagem deve aumentar até o próximo 30.

No entanto, o setor empresarial, representado pelo vice-presidente do Setransp, Décio Caetano, afirma que a intenção é manter a tarifa congelada e conseguir o subsídio do poder público. A afirmação foi dada ontem durante audiência da Comissão Especial Temporária do Transporte Coletivo, na Câmara de Vereadores. “Caso esse acordo não seja possível, não vejo outro caminho a não ser aumentar o valor da tarifa”, afirmou.

Já se sabe que o prefeito de Senador Canedo, Misael Oliveira, não é a favor de assumir o subsídio, pois a administração municipal não teria recursos suficientes para quitar a dívida mensal. Diante do imbróglio, cogita-se, ainda não oficialmente, que o novo valor da tarifa seja de R$ 2,90. Existe a possibilidade ainda de o reajuste ser provisório, pois, mesmo que o acordo fosse firmado os tramites legais atrasariam o pagamento do subsídio.

O encontro decisivo deve acontecer no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, com o governador Marconi Perillo, secretário estadual de cidades e assuntos metropolitanos, João Balestra, que também é presidente da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC), e prefeitos que compõem a CDTC, Paulo Garcia, de Goiânia, Maguito Vilela, de Aparecida de Goiânia, e outros. Ontem mesmo, Vilela se reuniu com representantes do Ministério Público Estadual (MP-GO) para detalhar a discussão.

Diante da crise no sistema, os motoristas do transporte público ameaçaram essa semana a paralisar as atividades com o objetivo de conseguir reajustes nos salários que, segundo eles, estão defasados. A paralisação foi adiada após um pedido do Ministério Público, conforme informou Caetano. O Setransp defende o que sugere o Fórum de Mobilidade de Goiânia: manutenção da tarifa de R$ 2,70 e subsídio de toda a gratuidade.

Fonte: Jornal O Hoje