Lançado edital da BR-153 entre Goiás e Tocantins

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Tarifa de pedágio do leilão será de R$ 9,22 para cada 100 quilômetros. Vencedor vai administrar via por 30 anos.

Um trecho de rodovia de 625 quilômetros entre Anápolis (GO) e Aliança do Tocantins (TO) será o próximo a ser concedido à iniciativa privada, com cobrança de pedágio. Será o sexto das nove concessões que o governo lançou no Programa de Investimento em Logística em agosto de 2012.

O vencedor administrará a via por 30 anos e terá que fazer investimentos de R$ 4,3 bilhões para, entre outras obras, duplicar toda a estrada em até cinco anos. O edital para a concessão desse trecho da rodovia BR-153 foi publicado ontem pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). A concorrência foi marcada para dia 23 de maio e vence a companhia que oferecer a menor tarifa de pedágio.

A tarifa máxima de pedágio do leilão é de R$ 9,22 para cada 100 km. O valor é bem mais alto que as tarifas máximas dos cinco primeiros leilões realizados pelo governo no ano passado, que ficaram em torno dos R$ 6 por 100 km.

Caso o desconto seja parecido com a média dos cinco últimos leilões, o pedágio deverá ficar em torno de R$ 4,50 por 100 km. A previsão é que sejam feitas nove praças de pedágio no trecho.

Interesse

A concessão da BR-153 (TO/GO) atrasou em relação às outras cinco porque ela foi um dos trechos que grandes empresas interessadas alertaram ao governo que poderiam não ter interesse. O governo reformulou a concessão, retirando alguns trechos, e apresentou hoje o novo formato.

Os outros três trechos previstos para concessão em 2012 – as BR-116 (MG), BR-262 (MG/ES) e BR-101 (BA) – continuam sem previsão de quando serão concedidos. Oficialmente, o governo diz que está fazendo estudos para saber se é possível fazer uma concessão no mesmo formato dos outras seis ou se será necessário fazer as obras em outro formato. Mas é praticamente certo que elas não serão concedidas no mesmo formato das outras.

Logística

O Programa de Investimento em Logística foi lançado em agosto de 2012 com a previsão de conceder 12 ferrovias e nove rodovias.

Em novembro e dezembro do mesmo ano, o governo lançou o programa para a concessão de dois grandes aeroportos e a reforma de outros 270 aeroportos de pequeno porte; e a concessão de cerca de 160 terminais portuários. Até agora, somente foram concedidas cinco rodovias e os dois grandes aeroportos.

Os outros projetos estão travados por problemas como falta de projetos, desinteresse das companhias, atrasos nos cronogramas e desacordo com órgãos de controle, entre outros motivos.  (Folhapress)

Fonte: Jornal O Hoje