Praça Cívica segue na escuridão

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Praça Cívica segue na escuridão

Com projeto de reforma prevista para se iniciar somente em janeiro de 2014, a Praça Cívica segue como um lugar hostil ao goianiense tão logo a noite se inicia. Com grande parte da iluminação deteriorada – com exceção do entorno do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, também resguardado por policiais – o local mostra-se isolado, escuro e perigoso a quem se arrisca atravessá-lo. Pessoas que transitam pelo local, seja retornando do trabalho e pegando ônibus nos anéis em volta da praça, ou mesmo quem mora pelo, sabe bem que se arrisca caso opte passar pela região central da praça após anoitecer.

Funcionário da Companhia Metropolitana de Urbanização ouvido pela reportagem estima que mais de 100 lâmpadas da praça encontram-se queimadas. No entanto, em nota, a própria companhia alega que o serviço de reposição e manutenção não é de responsabilidade municipal, sendo a Comurg responsável pela iluminação das ruas em volta, mas não no interior da praça. Procurada também pela reportagem, a assessoria de Comunicação da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) informou que também não é responsável pela iluminação da Praça Cívica.

O problema parece ser empurrado de um lado para outro enquanto não se concluir a reforma completa da praça, cujo processo é coordenado pela secretaria de Desenvolvimento da Região Metropolitana. O projeto de reforma, previsto inicialmente para se iniciar em janeiro deste ano, prevê uma alteração brusca do panorama no local: não apenas a restauração da iluminação, mas também dos canteiros centrais e instalação de uma ciclovia. A praça voltaria a ter as características de sua fundação, nos primórdios de Goiânia, prevendo maior circulação do pedeste por sua área e extinguindo a utilização do pátio central como um grande estacionamento.

Conforme reportagem publicada dia 17 de março, pelo jornal O HOJE, o então secretário de Desenvolvimento da Região Metropolitana, Silvio Souza, informou que a obra estava pendente de conclusão do orçamento e abertura de licitação. Na época, ele garantiu que o orçamento, elaborado pela Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), deveria ficar pronto ainda em março e o processo licitatório ser lançado com prazo máximo de 30 dias. Toda a obra, deveria durar cerca de seis meses. Estima-se que a execução gire em torno de R$ 16 milhões, com recursos basicamente do tesouro estadual.

Três meses depois, a secretaria de Desenvolvimento da Região Metropolitana é hoje comandada por Eduardo Zaratz, e o projeto de reforma da Praça Cívica novo cronograma. Segundo estimativa da assessoria de comunicação da pasta, o edital para licitação da obra deve ser lançado em setembro ou outubro. Desta forma, o início das obras devem se iniciar em janeiro de 2014.

Estudante, Gilcélio Rodrigues, de 25 anos, afirma que costuma passar sempre pela Praça Cívica, a qual considera um local perigoso. “Tem a PM perto do Palácio, mas nos cantos tem os usuários de crack”, afirma.

O policiamento nas redondezas do Centro Administrativo também é observado pelo contador Marcelo Pereira, de 49 anos, mas não nos outros locais. “Toda vez eu passo ressabiado, é bem escuro. Isso propicia usuário de drogas a se esconder nessas árvores, tudo escuro.”
Paulo Augusto Rodrigues, 34 anos, instalador de ar-condicionado, lembrou no fator histórico da praça diante da situação de abandono. “Por ser o cartão-postal da cidade, enfeia a cidade ficar tão mal iluminada.” (colaborou Augusto Diniz)

Fonte: Jornal O Hoje