Teatros: Palco movimentado, Goiânia abriga mais de 20 teatros
Goiânia abriga mais de 20 teatros, com programações voltadas para todos os gostos e idades e movimentação acima da média nacional em suas principais salas.
As luzes esmaecem, o burburinho vai parando até sumir, um sinal sonoro indica que já vai começar e, então, as cortinas se abrem para um contato próximo entre a realidade de quem assiste e a ficção de quem encena. A experiência de ver uma peça ou até mesmo um show dentro de um teatro é uma das relações mais íntimas da cultura. Em Goiânia não faltam espaços para quem se deleita com essas oportunidades. Ao todo, são mais de 20 estabelecimentos que recebem algum tipo de atividade cênica com programações voltadas para todos os gostos e idades.
O surgimento de novos espaços se deu por conta da demanda. Nos últimos 20 anos, o público das artes cênicas na cidade aumentou consideravelmente. Ainda não se pode falar em uma efervescência cultural, mas os números são positivos. Isso porque, levando em consideração que a média nacional é de 60 pessoas por espetáculo, conforme dados da Confederação Brasileira de Teatro, a capital apresenta um horizonte crescente, com quase todas as casas alcançando praticamente a lotação.
O Teatro Sesi, por exemplo, com capacidade para quase 650 pessoas, conta com uma média de 400 espectadores por encenação, segundo levantamento do diretor do espaço, Nilton Antônio Faleiro, o Teco. O Rio Vermelho, por sua vez, em 2012, recebeu quase 44 mil pessoas no ano, total de 1.500 por evento em uma plateia que comporta 2 mil lugares. O Teatro Goiânia, que reabriu as portas em setembro do ano passado depois de ficar três temporadas fechado, teve 280 espetáculos, com a presença média de 300 pessoas em cada um – o local tem pouco mais de 700 cadeiras.
PREÇOS POPULARES
Os fatores que levaram ao crescimento são os preços praticados – uma parcela significativa dos espetáculos tem ingressos populares ou entrada franca –, qualidade das produções, a variedade de casas e de grupos teatrais e pela presença frequente de artistas globais. “Temos boas montagens feitas aqui e bons grupos. Nos últimos anos, as companhias locais, principalmente de teatro e dança, conseguiram crescer em todos os sentidos. Isso faz com que a produção tenha tido uma crescente tanto em termos de qualidade como de quantidade”, frisa Carlos Brandão, diretor do Teatro Goiânia.
“Nos últimos dois anos triplicou a presença de público nos teatros. As casas estão quase sempre lotadas. O goiano tomou gosto pelo palco. Antigamente um jovem de 16 anos estranhava o assunto, não conhecia determinada peça, os atores, o espaço, mas hoje, por conta das redes sociais, ele está muito antenado, participativo e não deixa de comparecer nas peças e ainda leva a família e os amigos, virou uma teia cultural”, completa Eduardo de Souza, administrador do Madre Esperança Garrido.
Fonte: Jornal O Popular