Escola no Bairro da Vitória vira mocó
Obras paralisadas há dois anos provocam questionamentos da população, que espera retomada. Agetop diz que foi realizada nova licitação para reinício
Moradores do Bairro da Vitória estão preocupados com a paralisação das obras de uma escola localizada no cruzamento das ruas A-7 e A-30. Eles relatam que operários não são vistos no local há mais de dois anos. Após o abandono, a quadra da escola tem servido de mocó para usuários de drogas e de habitação para moradores de rua. A Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) informa que as obras foram paralisadas, mas devem ser retomadas em breve e que no local será construída uma escola de tempo integral com padrão século 21.
Um morador, que prefere não ser identificado, relata diversos furtos em frente à obra parada. Ele mora no bairro há cerca de 12 anos e comenta que os casos de pequenos crimes se tornaram frequentes há cerca de seis meses. “Como tem muitas árvores ao redor do colégio, fica escuro. Eles aproveitam o grande movimento, principalmente à noite, para furtarem celulares, bolsas, mochilas. Acredito que fazem isso para trocar os produtos por drogas”. Ele relata ainda que os homens pulam os muros sem dificuldade, já que a altura não impede a invasão.
Outra moradora reclama que já foi assaltada duas vezes quando voltava da escola. “Está tão perigoso que nem quem mora aqui fica na rua. Quando chego de ônibus, tenho que passar na rua da escola e sempre estou com medo. Não tem pra onde correr”. A mulher teme por crimes mais graves. “Eles entram pra escola, usam drogas, ficam doidos. A gente não sabe o que passa pela cabeça deles, nem o que querem. Um dia furtam, roubam e nada é feito para coibir. Tenho medo deles cometerem algo pior. A gente precisa de segurança”.
Chefe de comunicação da Polícia Militar (PM), tenente-coronel Divino Alves explica que, no caso desta escola, um ofício já foi encaminhado à Secretaria Estadual de Educação com solicitação de providências. “A PM tem feito varreduras em toda cidade e catalogando os prováveis mocós. A PM repassa esses dados para a prefeitura, que deve acionar o dono do imóvel para providências”. Ainda de acordo com o militar, em alguns casos, a demolição é o mais indicado. “Os proprietários de imóveis que estão em desuso devem ser responsabilizados pela falta de manutenção, já que são propriedade particulares”.
A Agetop, que é a responsável pela obra do Colégio Estadual Ismael Silva de Jesus, informou que por solicitação da empresa ganhadora da licitação, houve rescisão contratual da obra do colégio. A nota detalha ainda que, para que a obra tenha prosseguimento, a Agetop realizou nova licitação que foi homologada em 30 de outubro. Como o contrato já está na fase de assinatura, ela deve ser retomada em breve, assegura o órgão.
Casa teria servido de suporte para assalto
Na madrugada de domingo, uma quadrilha tentou roubar a agência da Caixa Econômica Federal da Avenida Goiás, no Centro de Goiânia. Conforme informações colhidas pela PM no local do crime, o grupo usou uma propriedade, vizinha à agência, como apoio para a prática criminosa, que acabou frustrada, pela presença de um vigia, que acionou a PM. Os suspeitos não teriam oferecido resistência e, na fuga, deixaram todo o material usado na ação.
Testemunhas relatam que cerca de oito homens estavam em duas caminhonetes, durante o crime. Três deles estariam com armas de grosso calibre. Eles teriam entrado no lote ao lado da agência, que é utilizado como estacionamento, e feito um buraco na parede. De acordo com a PM, o buraco foi feito onde não havia nenhum móvel recostado, do lado de dentro da agência. Isso, segundo a PM, demonstra conhecimento prévio do local.
Após se depararem com o vigia do local, os suspeitos fugiram e não foram presos. Os materiais abandonados pelos bandidos foram encaminhados para o grupo antirroubo a bancos da Delegacia de Investigação Criminal (Deic). A Polícia Federal (PF) deverá assumir o caso, por se tratar de tentativa de crime contra instituição federal.
Fonte: Jornal O Hoje