Paulo Garcia se vê encurralado pelas greves
Professores e técnicos administrativos da educação municipal voltaram a se rebelar com o prefeito e permanecem acampados na Câmara e dispostos a enfrentarem ordem judicial que determina reintegração de posse do plenário; servidores da saúde também paralisaram os serviços e reivindicam melhora salarial; sob pena de ser punido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, Paulo Garcia afirma que não pode conceder reajustes e clima de tensão aumenta entre o funcionalismo da prefeitura e o Executivo
O prefeito Paulo Garcia encerra o primeiro semestre sufocado por movimentos grevistas. Os professores e servidores da rede municipal de educação mantêm relação de conflito com o Executivo desde o ano passado. Nesta semana, os trabalhadores voltaram a ocupar o plenário da Câmara Municipal depois que o pedido de abertura de impeachment contra Paulo Garcia foi rejeitado pelos vereadores.
Os professores permanecem acampados dentro da Câmara e prometem enfrentar ordem judicial que determina a reintegração de posse do plenário. Servidores administrativos da educação reclamam que agora recebem menos de um salário mínimo, sendo que há cerca de um ano, eles ganhavam um salário e meio. Paulo Garcia garante que a categoria não tem razão para reclamar.
Na quarta-feira, o movimento grevista da educação ganhou reforço. Servidores da saúde decidiram paralisar os serviços depois de tentativas frustradas de negociar com a prefeitura. A reclamação é por um salário maior e, principalmente, melhores condições de trabalho.
Quem trabalha nos Cais reclama que nas unidades de saúde faltam aparelhos de raio x, os laboratórios são defasados e faltam até medicamentos básicos. Paulo Garcia tem afirmado que está proibido de conceder reajustes salariais sob pena de ser enquadrado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Desde o ano passado, o Paço ultrapassa o limite prudencial estabelecido para gasto com folha de pagamento e a prefeitura enfrenta um déficit mensal de quase R$ 40 milhões.
Fonte: Goiás 247