Marginal Botafogo: Viadutos serão liberados na terça
Ficaria faltando um, cujas obras estão interrompidas desde o começo de maio e ainda não recomeçaram
Dois viadutos da Marginal Botafogo devem ser liberados até a manhã de terça-feira. A informação foi dada ontem pelo prefeito de Goiânia Paulo Garcia (PT), à TV Anhanguera. Durante entrevista ao JA 1ª Edição, o petista também comentou os principais problemas enfrentados pela administração municipal. Disse que a coleta de lixo está normalizada, prometeu inaugurar nesta semana o Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) do Setor Novo Horizonte, reformado e ampliado, e entregar dez Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) no mês de agosto. No entanto, não fez nenhuma proposta ou compromisso para pôr fim à greve dos professores.
Segundo o prefeito, estão prontos dois dos três viadutos previstos no cruzamento da Marginal Botafogo com as Avenidas A e E, na divisa do no Setor Sul com o Jardim Goiás. Eles serão liberados “prevendo um grande acúmulo de tráfego no jogo da Seleção Brasileira, na terça-feira”. A Avenida A é uma das principais vias de acesso ao Estádio Serra Dourada, que receberá o amistoso do Brasil com o Panamá, às 16 horas.
A assessoria de imprensa do prefeito, no entanto, disse que não há como precisar o dia e horário da liberação porque ainda falta concluir parte da sinalização no local. A previsão é de que o trabalho seja finalizado amanhã ou, no mais tardar, até a manhã de terça-feira.
A demora na entrega dos três viadutos é alvo de constantes reclamações da população, por conta dos congestionamentos. Eles deveriam ter sido inaugurados em outubro do ano passado. Houve atraso no cronograma e a finalização da obra foi remarcada para o dia 21 de maio deste ano. Mas, por conta da falta de pagamento, a GAE Construtora, empresa responsável pelo serviço, suspendeu os trabalhos.
A empresa alega ter concluído 90% do total da obra, mas tem a receber da Prefeitura cerca de R$ 6 milhões de pagamentos em atraso. Mesmo sem receber, conseguiu entregar dois viadutos, mas não teria condições financeiras de concluir o terceiro.
Paulo Garcia afirmou que os problemas na prestação de serviços ocorrem porque o município arrecada menos do que precisa. Segundo dados da Secretaria Municipal de Finanças, a Prefeitura possui, atualmente, um endividamento na casa dos R$ 334 milhões.
Entre as empresas com vencimentos a receber está a ITA Transportes, que aluga cerca de 500 veículos ao município e acumula 11 faturas em aberto, somando quase R$ 50 milhões. A frota da empresa deixou de rodar desde segunda-feira da semana passada, afetando serviços como a coleta seletiva, o transporte de funcionários e, indiretamente, a coleta de lixo comum.
O petista informou que a Prefeitura fechou acordo com a ITA para que veículos voltem a circular. Assim, os serviços essenciais como iluminação pública, coleta seletiva e tapa-buracos deverão ser executados normalmente a partir de amanhã.
Questionado pelo apresentador Marcello Rosa sobre a reclamação de atraso no recolhimento de lixo, feita por moradores de diversos pontos da capital, Paulo Garcia afirmou que não há problema no serviço. “A coleta de lixo orgânico está normalizada. Não há motivação para atraso na serviço”, garantiu.
Segundo Garcia, a Prefeitura está adquirindo 60 novos caminhões para a coleta. “Isso fez com que nós tenhamos uma redução de 25% no custo da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg).”
EDUCAÇÃO
Professores e funcionários administrativos da rede municipal de ensino estão em greve desde a última segunda-feira. O grupo ligado ao Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed) reclama que a Prefeitura não cumpriu parte do acordo firmado ao fim da paralisação do ano passado, como o retorno das gratificações, pagamento do piso nacional e contratação de profissionais aprovados em concurso.
Paulo Garcia rebateu as afirmações dos grevistas. Disse que a Prefeitura paga até um pouco além do piso nacional e se declarou “o prefeito de Goiânia que mais investiu em contratação de professores”. “Efetivei quase um quarto dos atuais 16 mil funcionários da Educação”, afirmou.
Em relação aos compromissos firmados no fim da greve de 26 dias, do ano passado, resumiu: “O que nós não atendemos é aquilo que legalmente não nos é permitido atender”.
Segundo Garcia, o déficit na educação infantil é de 3.800 vagas. Com os 10 Cmeis a ser entregues em agosto, a gestão municipal pretende ofertar 2 mil vagas. A nova promessa é zerar o déficit até o fim do mandato, construindo apenas as unidades que forem necessárias.
Fonte: Jornal O Popular