Termina à 0h deste domingo (16) o horário de verão em dez Estados do Brasil e no DF

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Nos últimos dez anos, o horário de verão possibilitou a redução média de aproximadamente 5% na demanda por energia durante o horário de ponta. Isso significa que as usinas deixaram de gerar, no horário de maior carga, aproximadamente dois mil megawatts a cada ano.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ainda não divulgou o relatório de consumo de energia elétrica deste ano, mas o do ano passado resultou em uma redução de 4,4% na demanda de energia do horário de pico. No ano anterior, a redução foi de 4,7%.

O horário de verão está em vigor nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.

Esse é o 38º ano em que o governo adota o horário de verão. Com isso, as empresas de geração e transmissão evitam investimentos da ordem de R$ 4,6 bilhões. Além disso, há uma redução na necessidade de geração da energia gerada pelas usinas térmicas, o que gera uma economia estimada de cerca de R$ 400 milhões.

Adaptação ao novo horário

De acordo com Jacob Faintuch, clínico geral do Hospital das Clínicas, o ideal para preparar o organismo ao novo horário é manter uma boa qualidade do sono. “O fim do horário de verão é menos traumático que o inicio, já que a noite de sábado é a mais longa do ano e o corpo consegue descansar. Além disso, é mais fácil de acordar, já que tem mais luz nesse período”, explica o especialista.

Mesmo assim, é importante lembrar que será apenas uma noite longa, pois no domingo tudo volta ao normal. O especialista adverte que é bom evitar o consumo de café, chá preto, pó de guaraná e bebidas estimulantes, em geral, no final da tarde. “O desequilíbrio do organismo se dá nos cinco primeiros dias da mudança no relógio, após esse período e com os devidos cuidados tomados, o corpo se adapta de forma tranquila”.

Exercícios físicos muito extenuantes também devem ser evitados. “O ideal é praticar atividade física uma vez ao dia, no mínimo duas horas depois de acordar, e evitar a prática durante a noite”, observa, citando, ainda, outras atitudes que podem prejudicar o descanso, tais como se alimentar demais no jantar, ir dormir sem comer, tomar banho muito frio ou muito quente, e ler livros ou ver filmes muito estimulantes nas horas que antecedem o sono.

Jacob também adverte que a má qualidade do sono pode prejudicar o rendimento do indivíduo em suas atividades durante o dia. “O horário de verão não é o único fator que desequilibra o organismo. Novos turnos de trabalho ou viagens internacionais podem agir da mesma forma”, lembra. Para manter a saúde, esses cuidados devem ser constantes o ano todo.

A manutenção do sono, principalmente nos primeiros dias da alteração do horário, é fundamental para evitar complicações cardiovasculares. “Dificuldade de dormir ou de acordar podem predispor o paciente a problemas cardíacos. O infarto, por exemplo, costuma ocorrer algumas horas depois de acordar e, principalmente, na segunda-feira, dia que o estresse comumente aumenta”, diz Jacob Faintuch.

Fonte: Ultimo Segundo IG