Diversidade musical
Grito Rock Goiânia se pauta na diversidade e traz duas bandas internacionais para o Martim Cererê
Nem só de samba e axé vive o carnaval. Prova disso é o festival Grito Rock, criado como uma alternativa para aqueles que não têm afinidade com determinados ritmos musicais. Neste ano, ele chega à sua 8ª edição em Goiânia e promove um colorido mosaico musical, explorando o trend do rock, aliado ao pop e ao hip-hop. Considerado um dos festivais mais importantes do País e realizado em 400 cidades, o Grito Rock acontece nos dias 1° e 2 de março, no Centro Cultural Martim Cererê.
Com 28 bandas, sendo duas internacionais, a programação deste ano se pauta na diversidade. É por isso que no primeiro dia (sábado), ao lado do quarteto stoner da Black Drawing Chalks, tocam ainda o rap da banda Faroeste e o folk da Shotgun Wive, por exemplo. No segundo dia, quem encerra o Grito Rock 2014 é a já reconhecida Boogarins, passando pelo hip-hop de Ivo Mamona, Calango Nego e Patrick Horla, e a participação especial do músico Diego de Moraes.
De acordo com o coordenador geral do Grito Rock Goiânia, João Lucas Ribeiro, a capital de Goiás não tem uma tradição tão forte em relação ao carnaval de rua. “As pessoas que gostam de carnaval tradicional costumam sair da cidade, e os que gostam de rock e a demais estilos alternativos ficam sem ter o que fazer na cidade. O Grito Rock em Goiânia já faz parte do calendário local de eventos, pois acontece já há oito anos seguidos”, reitera.
O destaque deste ano fica a cargo das duas bandas internacionais europeias. Da Áustria, a Sahara Surfers mescla elementos tradicionais do stoner rock com uma pegada claramente psicodélica e um vocal feminino potente. Com dois discos gravados, o grupo ganhou notoriedade no underground europeu e atraiu olhares para a Áustria, firmando-se como uma das mais proeminentes bandas do País.
A outra banda de destaque do Grito Rock é a Tropical Lips, formada no Reino Unido por dois brasileiros e um inglês. Com uma agradável mistura de Wave, Modern Disco, Afro Jazz e Tropical Funk, o som criado pelo grupo consegue moldar uma sonoridade única, combinando eletrônico e analógico em plena sintonia.
“Em todo o mundo, o Grito Rock acontece em 400 cidades de 40 países. Para este ano, apresentamos, pela primeira vez, duas bandas estrangeiras que vão circular pelas edições brasileiras. É muito importante para as bandas e suas turnês. Além disso, a volta do Martim Cererê também é emblemática nesta edição”, comenta João Lucas.
Diversos gritos
De Paris à Pororoca. O Grito Rock Mundo volta a conectar todo o mundo, fomentando uma rede de produtores que conecta vilarejos de 400 habitantes, como Sagarana em Minas Gerais, a grandes centros econômicos do mundo, como Manhattan, em Nova Iorque (EUA).
Produzido de forma colaborativa desde 2007, o festival foi criado como uma alternativa ao carnaval em Cuiabá. O formato colaborativo permite que, a cada edição, mais produtores compartilhem experiências e fortaleçam a cadeia produtiva da música local, ao mesmo tempo em que o festival amplia seu alcance fora do eixo Rio-São Paulo, criando também conexões em âmbito global.
Nesses 12 anos de realização do festival, milhares de bandas já circularam e, no último ano, 1.500 shows foram realizados. Para 2014, estão previstas cerca de 200 rotas, conectando cidades da mesma região e festivais com datas próximas. As edições internacionais começaram tímidas e, hoje, já chegam a 40 países, tendo edições em 16 países da América Latina, ponto marcado na Europa e África e novas edições na Ásia e Oceania.
SERVIÇO
Grito Rock 2014
Data: 1° e 2 de março
Horário: A partir das 16h
Local: Centro Cultural Martim Cererê
Ingresso: R$ 15 reais (antecipado)
Pontos de venda: Casulo, Hocus Pocus, P de Pizza, do Setor Marista, Ambiente
Fonte: Jornal O Popular