Goiás lidera saldo de empregos até maio

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O setor da construção civil foi um dos que mais empregaram em Goiás no mês de maio. É o que mostra o levantamento mensal, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Segundo a pesquisa, houve uma variação positiva de 1,16%, no saldo entre contratações e demissões de empregos com carteira assinada, o que correspondeu 1.204 admissões. No acumulado do ano, o setor ficou em segundo lugar com variação positiva de 9,67% e efetivação de 9.378 vagas.

No cenário nacional, Goiás foi o quinto Estado que mais admitiu com carteira assinada, segundo o Caged. No acumulado do ano, os goianos foram os que mais empregaram no Brasil, com variação positiva de 5,11% e mais de 58,7 mil empregos com carteira assinada criados. Nos últimos 12 meses, o Estado também não faz feio, está em segundo lugar e só ficou atrás do Amapá.

Segundo o diretor de Economia e Estatística do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Goiás (Sinduscon), Ibsen Rosa, vários fatores explicam o bom desempenho da construção civil em promover a empregabilidade em Goiás. O principal é o aquecimento do mercado da construção. O número de obras tem aumentado no Estado e no mês de maio é quando começa o período seco, época em que o ritmo das construções fica acelerado.

Ibsen Rosa também explica que em 2013 os empresários retomaram os investimentos que ficaram estabilizados no ano passado. “Em 2010, houve um superaquecimento na construção civil; em 2011, o mercado também estava bom, mas em 2012 houve uma certa estagnação”, relata. O diretor do Sinduscom lembra que, se observada a série histórica de empregos do Caged, a construção civil tem se mantido estável, sem grandes levantes de demissões e nem de contratações. “Essa constância é bom para economia e bom para o mercado goiano”, destaca.

O engenheiro responsável pelas obras da Pontal Engenharia, Wesley de Andrade Galvão, diz que, no acumulado dos meses de abril e maio, a empresa contratou 13,3% a mais de funcionários para a construção. Segundo ele, as admissões ocorreram porque a empresa está iniciando novas construções e finalizando obras que iniciadas no momento de pico de financiamentos da Caixa Econômica Federal. Outros fatores que motivaram contratação de novos funcionários são a obrigação de entregar as obras dentro do prazo, aquecimento do mercado e a falta de mão de obra especializada. “Não falta emprego para bons profissionais. Eu mesmo tenho alguns que quando terminam o serviço para nas obras da Pontal, já têm emprego certo em outra construtora. Fazemos esse rodízio para preservar os melhores trabalhadores”, ressalta.

Demissões

Justo em maio, mês em que são esperadas contratações ou no mínimo a manutenção dos empregos do comércio, para as vendas do Dia das Mães e Dia dos Namorados em junho, o número de demissões superou o de contratações, foram 119 postos de trabalhos perdidos. Parece pouco, mas em um momento em que se espera contratar, qualquer demissão é um retrocesso. O fato pode ser explicado como reflexo da desacelaração do consumo, inflação e até um pouco de temor dos empresários em fazer novos investimentos.

Fonte: Jornal O Hoje