Inflação em Goiânia é menor entre 11 regiões
André Passos
Quedas nos preços do feijão, carnes, pão francês, bebidas alcoólicas e outros 56 itens “puxaram” para baixo a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA 15), em janeiro, em Goiânia. Em dezembro, a variação alcançou 0,78% e caiu para 0,46% este mês, abaixo da média das regiões pesquisadas (0,76%). Do outro lado da balança, altas de quase 50% impediram que a variação fosse ainda menor na capital. Recife (1,21%), Belo Horizonte (0,87%) e São Paulo (0,82%) tiveram as maiores altas.
Em Goiânia, alimentos e bebidas ficaram 0,80% mais caras nesse mês, seguido pela habitação (0,78%), transportes (0,2%) e combustíveis (0,21%), com destaque para o álcool em alta de 1,91%. Entre os quase 230 itens pesquisados, os produtos do subgrupo tubérculos, raízes e legumes foram os que ficaram mais caros. A alta foi de 21,08%, puxada pelo tomate (+49,73%), cenoura (+25,34%) e cebola (+9,95%). Hortaliças, verduras e frutas tiveram todas altas acima dos 5%.
Assessor técnico para área de cereais fibras e oleaginosas da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg), Leonardo Machado destaca que a alta incidência de chuva prejudicou a colheita e elevau a incidência de doenças fúngicas e bacterianas na lavoura, empurrando para cima os preços destes itens.
“Se os produtos têm qualidade, estão caros. Se têm preço, não têm qualidade”. A reclamação é da dona de casa, Aparecida de Paula Duarte, de 43 anos. Ao selecionar o tomate, a cenoura e a cebola, precisou escolher muito para conseguir levar o que precisava, e com qualidade, para casa. “Quem deixou para comprar à tarde, ficou com os restos”, diz a dona de casa.
Reduções
Por outro lado, o preço do feijão caiu em 19,23% este mês e foi o principal entre os itens que contribuíram com a variação menor que a do mês passado. Entre os panificados, o pão francês ficou 1,26% mais barato. A cerveja está com preço 0,41% menor e outras bebidas alcoólicas registraram queda de 3,38%.
A carne bovina também apresentou ligeira queda neste mês, de 0,62%, com reduções mais acentuadas nos preços de alguns cortes como o acém, 2,41% mais barato, o músculo (1,61%) e o patinho (1,38%).
Porém, o preço do animal de reposição (bezerro) ainda na casa dos R$ 700, e a arroba custando em média R$ 94,84, maior que em janeiro de 2010, quando a arroba era comercializada por R$ 69,49, devem impedir a queda nos preços da carne bovina nos próximos meses, segundo a assessora técnica da área de Pecuária da Faeg, Cristiane de Paula Rossi Carvalho.
Fonte: Jornal o Hoje