Paralisação piora o trânsito de Goiânia

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A greve dos motoristas de ônibus do transporte coletivo mudou a rotina de usuários e também do trânsito da região metropolitana de Goiânia durante todo o dia de ontem. Enquanto os terminais de ônibus permaneciam vazios durante a maior parte do dia, as ruas e principais avenidas que ligam a Capital à região metropolitana estavam congestionadas e com maior número de carros e mototaxistas presentes nas vias.

Os usuários que moram fora da Capital precisaram recorrer a carona de conhecidos. Na Avenida Perimetral Norte, uma fila de carros se estendia até o trevo de saída para Nerópolis, no final do dia. O trânsito ficou parado nesse ponto por duas horas. Houve aumento no número de acidentes sem gravidade nos diversos bairros que fazem ligação com o Centro.

Os mototaxistas trabalharam mais nas corridas durante todo o dia. Segundo Wilsom Lopes, presidente do Sindicato dos Mototaxistas e Motofretistas de Goiás (Sindimoto), um profissional tem média de 15 corridas diárias, ontem, somente no período da manhã, as corridas chegaram a pelos menos 30. A média é de R$ 5 para cada cinco quilômetros de corrida, acrescidos de R$ 1 para cada quilômetro extra.

Mesmo pagando mais caro, algumas pessoas optaram pelo transporte. A vendedora Francilene Almeida, 25, só ficou sabendo da greve quando estava no ponto de ônibus, teve que ir para o trabalho no Centro da cidade de mototáxi. "Eu fiquei com medo de faltar ao trabalho e perder meu emprego, paguei R$ 15 para me levar três quilômetros", diz Francilene.

Wilsom afirmou que alguns mototaxistas se aproveitam da situação para superfaturar nas corridas. Foi o que aconteceu com a vendedora. Nesses casos, ele orienta para que a população denuncie o número do registro do mototaxista (gravado no colete) no sindicato, que providências serão tomadas.

De acordo com a Agência Municipal de Trânsito (AMT), o tumulto causado devido à lentidão no trânsito mudou a rotina dos condutores, mas não alterou o número de ocorrências, que se manteve dentro da média de 30 acidentes diários. Ontem foram registrados, no final do dia, 47 acidentes, contra 57 ocorridos na penúltima segunda-feira, 19. Para a AMT, as pequenas colisões são ocasionadas pela falta de atenção dos condutores mais apressados. "Um dos condicionantes para que aconteçam os acidentes é a alta velocidade dos veículos. Com o trânsito lento, eles (condutores) não podem correr muito", diz a assessoria de comunicação.

Ao DM, o presidente da AMT, Miguel Tiago da Silva, orientou à população para que fuja do horário de grande fluxo no trânsito, os chamados "picos", entre 6h40 e 8h, no período da manhã, e das 17h30 às 19h30, no final da tarde. São os horários com maior congestionamento nas principais vias. "As pessoas podem esperar mais para sair ou sair antes. Eu ressalto também o uso do transporte solidário, um conhecido pode prestar carona para o outro, que usaria seu carro para ir no trabalho ou faculdade", afirma o presidente da AMT.

Fonte: Diário da Manhã