Goiânia - Trecho da morte terá 13 passarelas

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O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) anunciou ontem (23) ao DM licitação para construção de 13 passarelas de pedestres no trecho urbano da BR-153, na região metropolitana de Goiânia. A licitação, que já tem verba de R$ 600 mil aprovada pelo governo federal, tem data prevista para outubro deste ano. O “trecho da morte” possui 30 km. Na manhã de ontem duas mulheres morreram atropeladas quando tentavam a travessia na rodovia.

Desde o início de 2010 até ontem, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) já havia registrado nove acidentes e três óbitos. O trecho mortal da BR- 153 na região metropolitana aumenta a lista de vítimas quando são contabilizados mais 12 pedestres que ficaram feridos. Em menos de quatro meses completados em 2010, o número de óbitos já é metade do total registrado em 2009.

Trajeto
De acordo com o inspetor Jander Costa, do Núcleo de Comunicação da PRF, os acidentes que envolvem pedestres ocorrem porque as passarelas, além de poucas, estão distantes da origem do trajeto. Ele relata que os radares não são suficientes para amenizar atropelamentos. “Não posso deixar os agentes fiscalizando a velocidade dos carros o dia todo. Temos que atender acidentes, tráfego e muitas outras coisas”, diz o inspetor.

O engenheiro civil Flávio Murilo Prates, responsável pela engenharia de obras do Dnit, admite que houve falhas no gerenciamento de tráfego de pedestres nas rodovias pelo órgão, uma vez que são poucas passarelas. Mas ressalta que a população não utiliza as passarelas. “Acidente com pedestre é uma preocupação hoje no departamento. Eles preferem tentar a travessia pela rodovia. Fazem isso debaixo de um viaduto ou passarela”, afirma Flávio.

PREFEITURA
O Dnit informa que a prefeitura é imprudente ao liberar construções sem estudo de impacto de tráfego e pedestres. A incidência de acidentes poderia ser amenizada se a prefeitura exigisse esse estudo dos responsáveis pelas obras residenciais ou comerciais, antes de liberar a execução. Isso amenizaria os transtornos que ocorrem atualmente.


“Quando foram autorizadas, as construções de condomínios horizontais próximo à BR-153 deveriam ter pensando que vários funcionários desses condomínios precisariam atravessar a rodovia para retornar para casa, já que existem poucos ônibus na região”, ressalta o engenheiro. O Dnit informou ainda que todos os radares eletrônicos ao longo das rodovias federais se encontram desligados, porque a licitação para a contratação de uma nova empresa ainda não foi liberada pelo governo federal em Brasília. “Enquanto isso não ocorre, o cidadão provavelmente continuará morrendo atropelados na rodovia”, analisa Flávio Murilo.

Segundo o engenheiro civil, no trecho compreendido próximo às faculdades Unip e Fasan, o radar eletrônico desligado não será retomado porque próximo existe um viaduto. Os pedestres e estudantes das instituições têm acesso às instituições pelo viaduto construído na Vila Redenção. As faculdades já teriam direcionado suas entradas para o acesso do viaduto.

Fonte: Diário da Manhã