Novo reencontro: Geraldo Azevedo e Elba Ramalho voltam a Goiânia

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Amigos há 40 anos, Geraldo Azevedo e Elba Ramalho voltam a Goiânia para dividir o palco do Jaó Music Hall

Goiânia será palco hoje de mais um dos famosos encontros entre compositor e intérprete. A parceria de Geraldo Azevedo e Elba Ramalho será reeditada em show, a partir das 22 horas, no Jaó Music Hall. Cada um dos dois terá seu momento distinto sobre o palco, mas ambos abrem a noite juntos e se alternam ao longo do show.

São dezenas de parcerias registradas em quatro décadas de amizade, muitas delas cravadas nos álbuns do Grande Encontro, envolvendo ainda Zé Ramalho e Alceu Valença. Geraldo gosta de ressaltar que Elba é a cantora que mais interpretou sua músicas. Além de cantar, ele, que também mantém trabalho na composição, alçou muitas canções ao sucesso entre o grande público na voz de Elba.

O show, que está circulando pelo Brasil, originalmente não havia sido concebido com uma reedição da parceria que ficou famosa entre os anos de 1990 e 2000, segundo lembra Geraldo. Ele explica que inicialmente um contratante havia planejado duas apresentações distintas de ambos, uma seguida da outra. Durante o processo de ensaios e por conta da história em comum, eles acabaram fundindo as duas apresentações.

DIVIDINDO

Segundo o roteiro do show, a apresentação começa com os dois artistas no palco, dividindo a mesma trupe musical. Acompanhados pelos músicos Marcos Arcanjo (guitarra e violão), Mestrinho (acordeão), Ney Conceição (baixo) e Anjo Caldas (Percussão), eles abrem o show cantando O Princípio do Prazer, clássico de Geraldo que lembra ao público que o “fundamental é ser feliz”. A sequência de sucessos na carreira de ambos segue na primeira parte da apresentação.

Geraldo, então, segue sozinho no palco, primeiro acompanhado da banda e por fim em performance solo. Virtuose no violão, em sua apresentação o músico pernambucano relembra, entre as tarimbadas, Parceiros das Delícias (escrita em parceira com Capinan), Tanto Querer (com Nando Cordel) e Veja Margarida (de Vital Farias). Segundo ele, ainda há espaço para um pedido do público, que nunca falta.

Depois é a vez de Elba voltar para relembrar outros trabalhos feitos com o amigo, entre eles Canção da Despedida. Juntos, ainda executam Você se Lembra (Geraldo Azevedo, PippoSpera e Fausto Nilo) e Chorando e Cantando (Geraldo Azevedo e Fausto Nilo). Geraldo então sai de cena, para que Elba, que está comemorando 35 anos de carreira, relembre com o público músicas que ficaram eternizadas em sua voz. Entre elas, a paraibana revisita Chão de Giz (de Zé Ramalho) e, claro, De Volta pro Aconchego (Dominguinhos e Nando Cordel).

O encontro dos dois amigos se encerra quando Geraldo volta novamente para que juntos possam cantar Bicho de 7 Cabeças (Geraldo Azevedo, Zé Ramalho e Alceu Valença) e colocar todos para dançar com uma homenagem a Gonzagão, no frevo Banho de Cheiro (Carlos Fernando), outra marca registrada da carreira de Elba.

Show: Elba Ramalho e Geraldo Azevedo
Data: Hoje, a partir das 22 horas
Local: Jaó Music Hall (Avenida Quintandinha, nº 600, Setor Jaó)
Ingressos: R$ 70 (área lateral), R$ 350 (mesa setor B e C), R$ 400 (mesa setor A), R$ 600 (camarote)
Informações: 3269-8017, 3091-3210 e 3269-8065

Entrevista/Geraldo Azevedo
“Em Goiânia, o público é carinhoso”

Dando uma pausa de trabalhos em estúdio, Geraldo concedeu a seguinte entrevista ao POPULAR antes de embarcar para Goiânia.


Reeditar encontros com parceiros marcantes, como Elba Ramalho, deve ser sempre um desafio. Como vocês prepararam o encontro desta vez?

Na verdade é uma coisa bem natural, principalmente com Elba, que é como uma irmã para mim. Temos uma história de vida, partilhamos muitos momentos e posso afirmar que Elba é, se não a maior, uma das mais importantes intérpretes de minhas canções. Fomos contratados para fazer cada um seu show numa mesma noite e fizemos vários números juntos e foi um sucesso. Esse mesmo contratante fechou mais outros shows e nós fomos burilando para chegar a esse formato.

Em maio o senhor esteve em Goiânia com o projeto Em Família, trabalhando com seus filhos. Como divide sua agenda de shows?

Eu misturo tudo. O artista no Brasil tem que se virar, diversificar o seu trabalho para vender mais. O artista hoje vive é de show. É muito difícil viabilizar projetos de CDs e DVDs, pois geralmente é um número muito reduzido e restrito de pessoas que conseguem os editais e patrocínios. Não estou reclamando de nada, pois, graças a Deus, vivo bem da minha música, mas tenho de viajar por esse Brasil todo, nos lugares mais remotos para poder ganhar meu pão e nisso eu vou fazendo meus shows voz e violão, Em Família, com Elba, com banda e com o que mais pintar.

Sua presença por aqui é muito constante. Que lembranças tem levado na bagagem de volta para casa depois de passagens por Goiânia?

O carinho do público que é sempre muito maravilhoso. Isso é a melhor coisa.

O senhor está neste momento em estúdio. O que está preparando agora?

Estou tentando viabilizar meu CD de inéditas, pensando até em fazer sistema de financiamento coletivo. Será um álbum que fala muito de amor. Ano que vem deve virar realidade.

Fonte: Jornal O Popular (Rodrigo Alves)