46,3% ótimas: Estudo diz que 42,5% das rodovias federais e estaduais goianas estão ruins
46,3% das rodovias em Goiás são ótimas, diz CNT
O levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), por meio da Pesquisa CNT de Rodovias 2014, mostrou que a maior parte das rodovias goianas está em boas condições de uso. Divulgada ontem, a pesquisa avaliou 5.384 quilômetros de estradas federais e estaduais, goianas, sob administração pública ou concessão, o que equivale a 48,2% do total de vias asfaltadas em Goiás (11.155 quilômetros).
Segundo o estudo, apesar de 63% das rodovias goianas apresentarem alguma deficiência, seja por causa de buracos, trincas, ondulações ou até mesmo afundamentos, a maior parte das delas (46,3%) está em ótimo estado. Também foi constatado que 6,1% dessas estradas federais e estaduais possuem apenas trincas e que 2,2% possui buracos. Outros 42,5% continuam desgastadas. Apenas 0,9% delas estão destruídas. A sinalização foi considerada regular.
“A malha viária no Estado ainda deixa a desejar, principalmente para o produtor rural. De uns dois, três anos para cá melhorou. Agora, se for analisar as estaduais, elas também têm melhorado…”. A avaliação é do consultor técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás, Pedro Arantes.
O consultor do Senar lembra que o período chuvoso coincide com o da colheita e, por isso, estradas em condições ruins atrapalham o escoamento da produção. “Esse período, aliado aos buracos, atrapalha a vida do produtor, o que agrava ainda mais os seus custos. Quando a estrada está ruim, tem mais perigo de capotamento e perda da produção, com um prejuízo grandioso. Além disso, o valor do frete é elevado e a perda física do produto dentro das carretas também aumenta”, comenta.
Saída
Pedro Arantes revela que, após a colheita, apenas 8% da produção fica no armazém dos produtores. O restante é logo transportado pelas rodovias goianas.
Na sua opinião, o ideal para garantir o sucesso da produção se dá pela duplicação das estradas ao longo do Estado, junto com a maior armazenagem por parte dos agricultores em suas próprias instalações.
“Isso iria ajudar a diminuir o fluxo na boca da colheita e, consequentemente, desconcentraria um pouco o transporte ao longo das rodovias e também nos principais armazém goianos”.
Preocupação
Conforme o estudo da CNT, os trechos da GO-184 (65 km) e da GO-237 (87 km) foram considerados os piores de todo o Estado. No entanto, o consultor técnico da Senar, Pedro Arantes, lembra que a BR 452 e a BR 364 também são preocupantes.
“São setores importantes que também precisam de uma atenção especial. Elas devem ser duplicadas em breve, como também a BR 153”, acrescenta.
Por outro lado, os trechos com melhores avaliações, segundo o estudo, foram: GO-080 (91 km), BR-153 (704 km), BR-020 (247 km), BR-030 (31 km) e BR-349 (16 km). (Com AP)
Estradas brasileiras melhoram, mas ainda deixam a desejar
Após três anos de queda, o ranking da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) de qualidade das estradas pavimentadas apresentou melhora neste ano em relação a 2013.O ranking é realizado há 18 anos e em 2014 mostrou que 37,2% das estradas brasileiras analisadas estão em estado ótimo ou bom. No ano passado, esse percentual estava em 36,2%. Com a evolução, o número volta ao nível de 2012.
Conforme o coordenador da pesquisa, Bruno Batista, a pequena evolução deste ano não melhora o estado geral das rodovias no País que continuam insuficientes e com muitos problemas por serem antigas. Para ele, apenas 12% desta malha é asfaltada, sendo que 87% dela é de pista simples.
“Ao longo desses últimos anos, não houve um salto qualitativo e nem um grande aumento da construção”, disse Batista, lembrando que a falta de qualidade das estradas onera em 26% o custo dos transportes para as empresas no Brasil, em média, elevando assim, o preço dos produtos nacionais.Pelos cálculos da confederação, seriam necessários R$ 300 bilhões em investimentos nas estradas para que elas chegassem a um nível adequado de qualidade. (PN)
Fonte: Jornbal O Hoje