Mobilidade: Mapeadas rotas para bicicletas
Grupo propõe trajetos de ligação entre bairros e o Centro da capital para usuários
Arquitetos e urbanistas, usuários de bicicleta e representantes de entidades como a Federação Goiana de Ciclismo e de movimentos cicloativistas da capital - como Pedal Goiano, Pedal Tamandaré e Os Goiabas - se debruçaram, no fim de semana passado, sobre um mapeamento de possíveis rotas para os adeptos das bicicletas na capital. A proposta foi construída durante a 1ª Oficina Colaborativa de Rotas Recicláveis, promovida pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU/GO), dentro do Projeto Ocupa Goiânia.
“Para o mapeamento das rotas, sugerimos que fossem pensadas ligações entre bairros e a Região Central de Goiânia, e também considerando os trajetos dos corredores planejados pela Prefeitura, tentando conectar os bairros entre si”, explica a arquiteta e urbanista Gabriela Silveira, uma das coordenadoras da Oficina, ao lado de Laís Rincon e do geógrafo Ary Soares, e, ela própria, usuária da bicicleta.
“Dentro do mapa proposto (veja quadro), destacamos prioridade para os trechos da Avenida Cora Coralina e da Rua 115, que atenderiam, de forma imediata, a atual demanda existente, e imaginamos tudo por meio de intervenções de baixo custo, com a utilização, apenas, de sinalização horizontal e vertical”, acrescenta Gabriela.
Segundo a arquiteta, uma nova oficina para continuar discutindo o assunto já está marcada, para o dia 28 de novembro, na Semana de Ecologia Urbana. A intenção, depois do debate e da apresentação de propostas, é encaminhar à Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) um documento para colaborar com as ações da Prefeitura.
PROPOSTAS
Para o coordenador de Corredores Preferenciais e Ciclovias da CMTC, Domingos Sávio Afonso, as propostas serão bem-vindas e podem vir a ser executadas. “Vem ao encontro do que a Prefeitura está pensando para a cidade, com a criação de um ambiente de civilidade no trânsito”, afirma.
Na opinião do representante da CMTC, a discussão é bastante “salutar”, sobretudo porque envolve um órgão responsável como o CAU/GO, com especialistas da área e ideias de mudança de comportamento por parte do cidadão. Domingos Sávio Afonso lembra, ainda, que um projeto, “em gestação”, por parte da Prefeitura, poderá vir a contribuir para a tão desejada e harmoniosa boa convivência no trânsito.
“O ideal para a gente ter uma clareza da necessidade dos trechos de ciclorrotas ou ciclofaixas seria a execução de um Plano de Mobilidade e de uma pesquisa origem-destino, que a Prefeitura pensa em elaborar, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Fonte: Jornal O Popular