Moradores reclamam de corte de palmeiras
Luto. É esse o sentimento de moradores do Parque Anhanguera, com a retirada, ontem, pela Celg Distribuição, das primeiras de um conjunto de 58 palmeiras imperiais plantadas há cerca de 14 anos na Avenida Contorno Sul. A queda de braço com o poder público data de 2007 e já rendeu ação na Justiça, com ganho de causa, no último andamento processual, para a distribuidora de energia elétrica, que tem o projeto de implantar uma rede de alta tensão no bairro.
“Há muita coisa a se explicar nesse projeto e nós não temos respostas satisfatórias para nada”, argumenta a empresária Soraia Teresa Petrone, moradora da região desde 1998. Segundo ela, além da questão estética da avenida e do apego às árvores - adquiridas com recursos dos moradores e por eles cuidadas, apesar de doadas à Prefeitura de Goiânia - há o potencial risco de desvalorização dos imóveis e à saúde da população.
A Celg Distribuição conseguiu há um ano autorização do Tribunal de Justiça de Goiás para iniciar a construção da linha de transmissão no bairro, desde que providencie o replantio das palmeiras. Além disso, para cada espécie retirada, deverão ser plantadas outras cinco. A reportagem tentou ouvir a Celg Distribuição sobre o caso, mas não conseguiu.