Consórcio que fará VLT deve iniciar obras em janeiro

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Uma das obras mais importantes do ponto de vista da mobilidade urbana na Região Metropolitana de Goiânia (RMG), somando investimento de R$ 1,3 bilhão, o veículo leve sobre trilhos (VLT) do Eixo Anhanguera será implantado e operado por um consórcio. O vencedor da concorrência internacional realizada nesta segunda-feira, 9, foi o consórcio formado pela Odebrecht Transport, subsidiária da Organização Odebrecht, e empresas da Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), composta por concessionárias privadas que já operam na RMG com transporte convencional. Em 35 anos, a vencedora terá 2 para construir e 33 anos para explorar o serviço em Parceria Público Privada.

O consórcio, denominado Mobilidade Anhanguera, foi declarado vencedor com a proposta de uma taxa de retorno que somará R$ 2 milhões a menos (deságio) durante o tempo do contrato (35 anos), que o teto estabelecido no edital, que era de R$ 58,3 milhões. Esse valor funciona como juros correspondentes a uma contrapartida fixa do Estado para cobrir o investimento realizado pelas empresas particulares que formam o consórcio, que desembolsarão o total de R$ 500 milhões dos R$ 1,3 bilhão previstos no VLT - sendo R$ 600 milhões do Governo de Goiás e R$ 200 milhões da União.

Os dados oficiais da concorrência serão divulgados aqui, no site da Secretaria de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia, à qual o Grupo Executivo é ligado.

Para o secretário de Desenvolvimento da Região Metropolitana, Eduardo Zaratz, o VLT representa uma iniciativa histórica do governo de Goiás para melhorar o transporte coletivo no principal eixo da RMG. “Este projeto faz parte da meta do governador Marconi Perillo de oferecer um serviço mais confortável, com maior qualidade e rapidez aos milhares de usuários que dependem do Eixo Anhanguera diariamente, circulando entre vários municípios da Grande Goiânia por meio dele. Além da mudança de postura no aspecto ambiental pela redução de poluentes e pela melhor qualidade de vida dos próprios usuários e trabalhadores do Eixo”, destacou.

O presidente do Grupo Executivo do VLT, Carlos Maranhão, estima que as obras tenham início no final de janeiro de 2014 e terminem dois anos depois, em 2016. "A primeira interessada em ver a obra pronta é a própria vencedora da licitação, que começa a operar e a ser ressarcida quando isto ocorrer", declarou.

Ele também disse que o edital prevê o mínimo de incomodidade na região sob influência das obras. Segundo Maranhão, a estimativa é de que cada quadra sofra o impacto direto durante aproximadamente 30 dias, isto porque o projeto prevê uma construção por etapa pronta, diferente das obras convencionais, onde o trabalho evolui para ser entregue de uma vez. "A intenção é que a obra avance 250 metros por mês", pontuou o presidente do Grupo Executivo.

"A obra começará pelos extremos em diferentes pontos", acrescentou. Hoje, Carlos Maranhão anunciou a formação de um comitê de acompanhamento, composto por instituições como as federações do Comércio, Indústria , Câmara dos Dirigentes Lojistas e organizações sindicais, que serão convidados a dialogar sobre o andamento da futura obra.

Dimensão

O VLT de Goiânia contará com 30 composições com 2 vagões cada. Cada vagão transportará 300 pessoas e as composições terão partidas a cada três minutos. Atualmente, os ônibus biarticulados que circulam pelo Eixo Anhanguera transportam cada um cerca de 200 passageiros por hora, enquanto os dois vagões vão levar 600 por viagem e com um tempo muito inferior.

A obra de mobilidade deverá gerar um incremento de 30% no número de pessoas transportadas. "Vamos passar de 9 mil para 12 mil passageiros por hora".Carlos Maranhão destacou que a obra prevê uma sinalização controlada de modo a priorizar o VLT, ou seja, sem suprimir semáforos, mas privilegiando o transporte público que passa pelo maior eixo coletivo de Goiás.

Além disso, a estimativa é que o trânsito na região central de Goiânia tenha, no futuro, impacto positivo porque os usuários vindos de cidades vizinhas, como Trindade, Senador Canedo, Aparecida de Goiânia, entre outros municípios integrados, poderão vir de carro até estacionamentos que serão construídos ao lado de três dos cinco terminais que existirão, e depois utilizarem o VLT.

Os passageiros que utilizarem o VLT pagarão tarifas cheias, mas nas extensões que estão previstas para o Eixo Anhanguera, que permanecerão com integração pelos veículos atuais, a tarifa continuará subsidiada. Para as obras iniciarem, salientou Carlos Maranhão, serão necessárias licenças de instalação e outras exigidas pela legislação.

Fonte: Comunicação Setorial da SDRMG