VLT de Goiânia pode ter dois trechos subterrâneos no Centro e em Campinas
O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), encomendou um estudo sobre a possibilidade de fazer dois trechos subterrâneos — um numa parte do Centro e o outro no centro de Campinas — do Veículo Leve sobre Trilhos. O gestor estadual estaria seguindo recomendação de empresários do setor comercial, que temem um possível esvaziamento do comércio no Eixo Anhanguera.
O edital do VLT de Goiânia, que será construído no Eixo Anhanguera, já foi publicado.
Fonte: Jornal Opção
2 comentários
Write comentáriosTrechos subterrâneos em linhas ferroviárias leves não são incomuns: serviços como o de Bruxelas, Madri, Málaga, Estrasburgo - em operação - e em Ottawa - em projeto - têm trechos subterrâneos. O de Ottawa, especificamente, terá 2,5 km subterrâneos no centro da cidade.
ReplyA adoção de trechos subterrâneos tem mais a ver com a otimização do tráfego do VLT - garantir boa velocidade média, vencer trechos com muitos e/ou importantes cruzamentos e minimização de problemas com o aumento futuro da frequência - do que com problemas com atividades comerciais. Aliás, se for por isso, haverá enormes problemas durante a construção da vala (o túnel deverá ser feito com a técnica mais barata), com a destruição da avenida nos trechos com túnel. A Anhanguera é bastante estreita e a construção do túnel inviabilizará o tráfego de veículos e pessoas, especialmente nos locais das estações. Os comerciantes sabem disto, que fecharão suas lojas enquanto durar a obra? O impacto será muitíssimo mais severo do que a construção em superfície, com certeza.
Gostaria de ver uma simulação de tráfego do VLT como está projetado. Volto a dizer: VLT vai levar com eficiência 12 mil passageiros por hora em cada sentido, headway de 3 minutos em horário de pico... Ou seja, para funcionar com a plenitude da qualidade de serviço possível - que é altíssima (estado-da-arte em transporte urbano de média capacidade), o VLT deve ser construído junto com uma rede de transporte mais eficiente, com o BRT Norte-Sul e com BRT na avenida Leste-Oeste, entre outras medidas de otimização de linhas existentes de ônibus.
Concordo! Os comerciantes de Goiânia são muito tipificados, nos limites do atraso intelectual. Se assustam com pouca coisa. Quando do projeto do VLT da cidade de Fênix, no Arizona, Nos EUA, os comerciantes "pularam da cadeira", alegando que iria tirar os lucros deles. Visão curta... O que o VLT fez, para a surpresa deles, foi trazer novos consumidores para o comércio. Agora, podemos fazer compras sem a preocupação de vaga para estacionar, disseram. Transporte limpo, não poluente, silencioso. Os comerciantes parecem que estão contentes com barulho, fumaça entrando no estabelecimento deles. Essa gente deveria saber que o VLT é vida. Tira as pessoas de casa, os idosos, cadeirantes. O assoalho baixo facilita o embarque da cadeira de rodas. Essa fatia da sociedade gasta, gira a economia. Se o governador ficar de cócoras para todo mundo, acaba não fazendo o VLT.
Reply