Teatro Goiânia é Reinaugurado
Construído na década de 40, no estilo Art Déco, o Teatro Goiânia será reinaugurado hoje, depois de aproximadamente um ano e três meses fechado para restauro e reforma. A solenidade vai ocorrer às 20 horas com concerto de gala da Orquestra de Câmara Goyazes. Maior acessibilidade para deficientes físicos, modificações em toda estrutura do prédio e restauro da pintura original foram realizados no prédio, considerado, desde 2003, Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Foram gastos R$ 2 milhões na obra.
O regulamento de funcionamento será elaborado pela nova gestão da Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (Agepel), a ser empossada a partir do próximo ano. A presidente da agência, Linda Monteiro, acredita que ele começará a funcionar normalmente a partir de fevereiro, quando terminará o período de recesso dos teatros do Estado. Hoje será reaberto apenas para a inauguração. Ela considera o prédio um dos mais bonitos do País no estilo Art Déco. “Além disso, possui a melhor acústica do Brasil, sempre muito elogiada pelos artistas que por lá já passaram”, complementa.
Localizado em um ponto estratégico de Goiânia – próximo às avenidas Anhanguera e Tocantins, no Centro da capital –, o teatro possui 1.534,35 metros quadrados e capacidade para receber 718 pessoas. Trabalhando 33 anos em frente ao local, a doméstica Wilma da Silva Cravo, de 63 anos, assistiu vários filmes – que já funcionou somente como cinema – e viu a estrutura se modificar durante os anos. “O teatro é parte importante na história, cresci observando esse lugar. Hoje eu não frequento, mas meus filhos já vieram aqui com a escola.”
O prédio recebeu pintura interna e externa, de acordo com as cores originais da construção, em três tonalidades de cinza. O azul deu lugar ao vermelho na decoração. As poltronas, o piso e as vestimentas do palco foram substituídos. Além disso, banheiro para cadeirantes e acessibilidade total para a plateia fazem parte das mudanças físicas da estrutura. “Muito boa esta reforma, ele estava precisando, estava bem abandonado”, opina Wilma, observando os operários na fachada do prédio.
Além da acessibilidade para o público, os artistas poderão usufruir de melhoras técnicas como parte elétrica, camarins, sistema de iluminação e sonorização cênica, que também foram contemplados pela restauração e reforma. Teatro também ganhou novo piano e fosso para orquestra, o que possibilitará a realização de peças teatrais, óperas e balé com a participação dos músicos da orquestra tocando ao vivo. “O fosso é como um buraco para a orquestra tocar, enquanto os artistas utilizam o palco”, explica o maestro Eliseu Ferreira, que fará a regência da Orquestra Goyazes.
Para a estudante Karine Custódio, de 16 anos, apesar de não ter sentido falta do local no período em que ficou fechado, o teatro é muito importante para Goiânia. “Eu tenho vontade de assistir mais peças aqui, mas os ingressos são caros. Além da reforma, também precisava ter preços mais populares”, opina Karine, que se lembra de ter visto poucas peças no local. O corretor de imóveis Elton Peres, de 35 anos, acredita que a importância é ser um ponto de encontro, de interação e cultura de Goiânia.
Reinauguração
O evento para convidados apresentará os resultados da reforma do Teatro Goiânia, que ainda está em andamento – a parte exterior do prédio ainda não recebeu totalmente a pintura, além de outros acabamentos –, com a apresentação da Orquestra de Câmara Goyazes. Músicos convidados de Brasília, solos do barítono Renato Mismetti e do pianista Maximiliano Brito também fazem parte da programação do espetáculo, dedicado aos clássicos da música erudita como Villa-Lobos, Camargo Guarnieri e Pietro Mascagni. “Será um momento muito importante. É um espaço muito conhecido e possui uma acústica muito boa que possibilita múltiplas atividades artísticas”, explica o maestro Eliseu Ferreira, que fará a regência do espetáculo. (Katherine Alexandria, estagiária da UFG)
História
O Teatro Goiânia foi um dos primeiros prédios da capital. Ele foi inaugurado em 12 de junho de 1942, sendo, desde o início, um dos espaços culturais mais tradicionais de Goiânia, além de complementar o conjunto arquitetônico da cidade, que é o Art Déco, do arquiteto Jorge Felix. Demorou dois anos para ser construído e, na data de inauguração, o espaço serviu de palco para uma superprodução da companhia norte-americana Metro-Goldwyn-Mayer. De lá para cá, o local consolidou sua importância histórica para Goiás, servindo para a exibição de peças de teatro, filmes e apresentação de shows de música erudita e popular. Desde 2003, ele é considerado Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Fonte: Jornal o Hoje
O regulamento de funcionamento será elaborado pela nova gestão da Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (Agepel), a ser empossada a partir do próximo ano. A presidente da agência, Linda Monteiro, acredita que ele começará a funcionar normalmente a partir de fevereiro, quando terminará o período de recesso dos teatros do Estado. Hoje será reaberto apenas para a inauguração. Ela considera o prédio um dos mais bonitos do País no estilo Art Déco. “Além disso, possui a melhor acústica do Brasil, sempre muito elogiada pelos artistas que por lá já passaram”, complementa.
Localizado em um ponto estratégico de Goiânia – próximo às avenidas Anhanguera e Tocantins, no Centro da capital –, o teatro possui 1.534,35 metros quadrados e capacidade para receber 718 pessoas. Trabalhando 33 anos em frente ao local, a doméstica Wilma da Silva Cravo, de 63 anos, assistiu vários filmes – que já funcionou somente como cinema – e viu a estrutura se modificar durante os anos. “O teatro é parte importante na história, cresci observando esse lugar. Hoje eu não frequento, mas meus filhos já vieram aqui com a escola.”
O prédio recebeu pintura interna e externa, de acordo com as cores originais da construção, em três tonalidades de cinza. O azul deu lugar ao vermelho na decoração. As poltronas, o piso e as vestimentas do palco foram substituídos. Além disso, banheiro para cadeirantes e acessibilidade total para a plateia fazem parte das mudanças físicas da estrutura. “Muito boa esta reforma, ele estava precisando, estava bem abandonado”, opina Wilma, observando os operários na fachada do prédio.
Além da acessibilidade para o público, os artistas poderão usufruir de melhoras técnicas como parte elétrica, camarins, sistema de iluminação e sonorização cênica, que também foram contemplados pela restauração e reforma. Teatro também ganhou novo piano e fosso para orquestra, o que possibilitará a realização de peças teatrais, óperas e balé com a participação dos músicos da orquestra tocando ao vivo. “O fosso é como um buraco para a orquestra tocar, enquanto os artistas utilizam o palco”, explica o maestro Eliseu Ferreira, que fará a regência da Orquestra Goyazes.
Para a estudante Karine Custódio, de 16 anos, apesar de não ter sentido falta do local no período em que ficou fechado, o teatro é muito importante para Goiânia. “Eu tenho vontade de assistir mais peças aqui, mas os ingressos são caros. Além da reforma, também precisava ter preços mais populares”, opina Karine, que se lembra de ter visto poucas peças no local. O corretor de imóveis Elton Peres, de 35 anos, acredita que a importância é ser um ponto de encontro, de interação e cultura de Goiânia.
Reinauguração
O evento para convidados apresentará os resultados da reforma do Teatro Goiânia, que ainda está em andamento – a parte exterior do prédio ainda não recebeu totalmente a pintura, além de outros acabamentos –, com a apresentação da Orquestra de Câmara Goyazes. Músicos convidados de Brasília, solos do barítono Renato Mismetti e do pianista Maximiliano Brito também fazem parte da programação do espetáculo, dedicado aos clássicos da música erudita como Villa-Lobos, Camargo Guarnieri e Pietro Mascagni. “Será um momento muito importante. É um espaço muito conhecido e possui uma acústica muito boa que possibilita múltiplas atividades artísticas”, explica o maestro Eliseu Ferreira, que fará a regência do espetáculo. (Katherine Alexandria, estagiária da UFG)
História
O Teatro Goiânia foi um dos primeiros prédios da capital. Ele foi inaugurado em 12 de junho de 1942, sendo, desde o início, um dos espaços culturais mais tradicionais de Goiânia, além de complementar o conjunto arquitetônico da cidade, que é o Art Déco, do arquiteto Jorge Felix. Demorou dois anos para ser construído e, na data de inauguração, o espaço serviu de palco para uma superprodução da companhia norte-americana Metro-Goldwyn-Mayer. De lá para cá, o local consolidou sua importância histórica para Goiás, servindo para a exibição de peças de teatro, filmes e apresentação de shows de música erudita e popular. Desde 2003, ele é considerado Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Fonte: Jornal o Hoje