Maioria do PIB goiano se concentra em 10 cidades

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An­dré Pas­sos

Os dez mu­ni­cí­pios mais ri­cos de Goiás res­pon­deram por mais de 61% do Pro­du­to In­ter­no Bru­to (PIB) go­i­a­no em 2008. Em Go­i­â­nia, o PIB cres­ceu 92%, de 2002 pa­ra 2008 e em Aná­po­lis, 191% (maior elevação do Estado). A Re­gi­ão Me­tro­po­li­ta­na da capital ficou com 37%, uma fa­tia de R$ 19,4 bi­lhões. Do ou­tro la­do do ranking, Anhan­gue­ra é o me­nor mu­ni­cí­pio go­i­a­no nesta re­la­ção, com pou­co mais de R$ 7 mi­lhões.

O Produto Interno Bruto nas cidades goianas foi di­vul­ga­do, on­tem, pe­la Su­pe­rin­ten­dên­cia de Es­ta­tís­ti­ca, Pes­qui­sa e In­for­ma­ção da Se­cre­ta­ria do Pla­ne­ja­men­to e De­sen­vol­vi­men­to de Go­i­ás (Se­pin/Se­plan) e mos­tra que os dez mu­ni­cí­pios que mais con­tri­bu­í­ram pa­ra ge­ra­ção de ri­que­zas em 2008 res­pon­dem por 61,01% do PIB ge­ra­do no Es­ta­do, alta de 0,85 pon­tos per­cen­tu­ais sobre o ano an­te­ri­or.

A capital teve par­ti­ci­pa­ção de 25,85% em 2008, con­tra 27,37% em 2007. Em se­gui­da, vem Aná­po­lis (8,32%), in­flu­en­cia­do pe­la ins­ta­la­ção de uma mon­ta­do­ra em 2007. “Aná­po­lis apre­sen­ta agre­ga­ção de mais de R$ 1,5 bi­lhão e cres­ci­men­to no­mi­nal de 33,96%”, des­ta­ca a su­pe­rin­ten­den­te da Se­pin, Lí­li­an Ma­ria Sil­va Pra­do. Apa­re­ci­da de Go­i­â­nia (5,15%), Rio Ver­­de (4,80%), Ca­ta­lão (4,45%), Se­na­dor Ca­ne­do (3,06%) apa­re­cem em se­gui­da.

Do ou­tro la­do do ranking, os dez me­no­res mu­ni­cí­pios con­cen­tram ape­nas 0,17% das ri­que­zas do Es­ta­do. O me­nor de­les é o mu­ni­cí­pio de Anhan­gue­ra, com R$ 7,6 mi­lhões. Em se­gui­da apa­re­cem Je­sú­po­lis (R$ 12 mi) e Te­re­si­na de Go­i­ás (R$ 13 mi).

Se­to­res da Economia
Na com­po­si­ção da eco­no­mia mu­ni­ci­pal, o se­tor de ser­vi­ços é o mais re­pre­sen­ta­ti­vo nos mu­ni­cí­pios de Go­i­â­nia, com 82% do va­lor adi­cio­na­do (VA), Aná­po­lis (56%), Apa­re­ci­da de Goiânia (76%) e Rio Ver­de (50%). Em Ca­ta­lão há um em­pa­te téc­ni­co en­tre a ati­vi­da­de in­dus­tri­al (49%) e o se­tor de ser­vi­ços (44%).

Dos R$ 75,25 bi­lhões do Pib go­i­a­no de 2008, o se­tor de ser­vi­ços tem par­ti­ci­pa­ção de R$ 40,14 bi­lhões, in­dús­tria R$ 17,26 bi­lhões, im­pos­tos R$ 9,42 bi­lhões e agro­pe­cu­á­ria R$ 8,45 bi­lhões. No entanto, para o eco­no­mis­ta da Se­plan, Mar­cos Ar­ri­el, agro­pe­cu­á­ria e in­dús­tria tam­bém são gran­des mo­ti­va­do­res do cres­ci­men­to do PIB go­i­a­no. “O se­tor de ser­vi­ços agre­ga vá­ri­as áre­as, mas a am­pli­a­ção das ati­vi­da­des agro­in­dus­tri­ais fo­ram mui­to im­por­tan­tes pa­ra o cres­ci­men­to do Pib", res­sal­ta o especialista.

Na com­pa­ra­ção de 2008 com 2002, em 97 dos 246 mu­ni­cí­pios ob­ser­va­dos, hou­ve va­ri­a­ção no­mi­nal aci­ma da mé­dia es­ta­du­al, que foi de 101,18%. Ou­tros 149 mu­ni­cí­pios ti­ve­ram ta­xas in­fe­rio­res à mé­dia, sen­do que dois ti­ve­ram PIBs me­no­res. A mai­or va­ri­a­ção aci­ma da mé­dia foi a de Al­to Ho­ri­zon­te que ob­te­ve um cres­ci­men­to no­mi­nal de 3.241%, pro­vo­ca­do pe­la en­tra­da em ope­ra­ção de uma in­dús­tria de ex­tra­ção e be­ne­fi­ci­a­men­to de sul­fe­to de co­bre. O mu­ni­cí­pio tam­bém pos­sui o mai­or PIB per cap­ta do Es­ta­do, e o 13º do Pa­ís, com R$ 107.065 mil por pes­soa. Em se­gui­da apa­re­cem as cidades de Ca­val­can­te (452,33%), Alex­ân­ia (283,17%), e Pal­mei­ras de Go­i­ás (277,85%).

Já na com­pa­ra­ção en­tre 2007 e 2008, a mai­or par­te dos mu­ni­cí­pios do Estado com mai­or cres­ci­men­to no­mi­nal do PIB fo­ram aque­les que re­ce­be­ram usi­nas de ál­co­ol e açú­car.

No to­po da lis­ta es­tá Pe­ro­lân­dia, que apre­sen­tou o mai­or cres­ci­men­to 93% de Goiás e o 30º do Pa­ís no pe­rí­o­do. Apa­re­cem em se­gui­da os mu­ni­cí­pios de Gou­ve­lân­dia (77%), Ser­ra­nó­po­lis (65%) e Edéia (61%).

Fonte: Jornal o Hoje