Serra diz que aeroporto de Goiânia está "estrangulado"

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Diário da Manhã

Goiânia - Em sabatina conduzia por empresários no auditório da Federação da Indústria do Estado de Goiás (FIEG) nesta tarde, o canditado à Presidência da República, José Serrá (PSDB), respondeu a questões polêmicas. A principal discussão girou em torno da reforma do Aeroporto da Capital. "O aeroporto não suporta a demanda goiana, é um absurdo, ele já está estrangulado", comentou. Para Serra uma solução seria colocar este probelma "na mão da iniciativa privada, que tem interesse em resolvê-lo".

Serra não poupou também críticas à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). "É um órgão impotente, que infla os preços e está loteada por indicações políticas.Por isso as obras do aeroporto estão paradas", afirmou.

O candidato comentou ainda questões referentes a infra estrutura, como o metrô. "Goiânia deve aproveitar que é uma cidade ainda pequena e construir um metrô, que é uma ótima solução para o tráfego", ressaltou. Em relação à agricultura, Serra disse que "o Estado tem que adotar uma postura mais agressiva, e também adotar novos sitemas de crédito".

Perguntado sobre as formas de produção de energia elétrica, Serra colocou a queima de petróleo como a "energia do futuro". E, por fim, levantou a questão de que a educação profissionalizante em Goiás tem de aumentar. "Precisamos subir das atuais seis mil para 25 mil vagas", pontuou.

Entenda a situação do aeroporto de Goiânia

As obras de reforma do aeroporto foram iniciadas em 14 de março de 2005. Em 2007 foram paralisadas pela primeira vez pelo consórcio entre as empresas Odebrecht e Via. As obras deveriam ter sido concluídas em maio de 2008 a um custo estimado de R$ 257,7 milhões, mas o contrato foi anulado por causa de irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A data da inauguração foi prorrogada para 2011 e posteriormente para maio de 2012.

O valor da obra, segundo a Infraero, subiu para R$ 339,24 milhões e ficou acima do preço final do contrato avaliado pelo TCU, de R$ 287 milhões. Com a reforma, a área do terminal aeroportuário passaria de 6 mil metros quadrados, com capacidade para 600 mil embarques e desembarques/ano para 28 mil metros quadrados, ampliando a capacidade para o trânsito de cerca de dois milhões de pessoas por ano.