Quase 80% das pontes e viadutos de Goiânia possuem problemas estruturais provocados por umidade

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Estudo realizado por quase 50 profissionais de engenharia mostra que não há controle na passagem de água nas obras de arte especiais, o que acarreta corrosão

As pontes das Avenidas T-63, sobre o Córrego Cascavel, das Pirâmides e Acary Passos sobre o Córrego Água Branca são as três obras de arte especiais (OAEs) em pior grau de deterioração de Goiânia, com riscos para a população. O diagnóstico faz parte de um amplo levantamento feito pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (CREA-GO) em parceria com a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)  e Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia do Estado de Goiás (Ibape-GO).

Um dos coordenadores do estudo, Ricardo Barbosa Ferreira explica que 78% das OAEs analisadas em sete anos de trabalho estão com manchas de umidade, até mesmo a mais nova delas, a da Rua 1008, sobre o Córrego Botafogo, inaugurada no final de 2016.  O estudo pode ser analisado por qualquer pessoa no site no CREA-GO através de uma plataforma gerenciada.

Das 68 OAEs verificadas por cerca de 50 profissionais de engenharia, 53 possuem manchas de umidade e 42 possuem corrosão de armadura. Ao apresentar o estudo na manhã desta terça-feira (12), Ricardo Ferreira enfatizou que o trabalho é um importante diagnóstico para que os gestores, públicos e privados, responsáveis pelas pontes e viadutos estudadas, tomem as providências necessárias e, em pelo menos dez delas, o mais urgente possível.

"No Brasil temos o conceito arraigado de que obras de engenharia são eternas e não é assim. Depois de um tempo, como o organismo humano, elas se desmobilizam", diz o engenheiro. Ricardo Ferreira enfatiza que o estudo é absolutamente técnico