Avenida T-63 supera crise e volta a atrair negócios

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Empresas procuram espaços para locação ou compra na avenida, onde comerciantes viram estabelecimentos serem fechados durante a crise e hoje já assistem à chegada de novas lojas.

Assim como outras regiões comerciais de Goiânia, a avenida T-63 sentiu muito fortemente os efeitos da crise econômica que se acentuou em 2015, quando várias empresas baixaram as portas e seus espaços receberam placas de locação de imobiliárias. Alguns imóveis ficaram fechados por mais de dois anos. Mas, hoje, com as melhores perspectivas econômicas do País, essa realidade está mudando, para melhor. E as placas, aos poucos, estão sendo substituídas por novas fachadas de empresas de todos os portes.

Dezenas de imóveis ainda estão com placas de locação na avenida, mas algumas novas e grandes construções já estão ajudando a mudar a paisagem comercial na T-63. Um bom exemplo é o espaço onde funcionava o antigo prédio do McDonald’s, que se mudou para outro ponto na mesma avenida. No fim do ano passado, o terreno passou a ser ocupado por uma grande loja do Oba Hortifruti Farm. 

Quem passa pela avenida com frequência também já deve ter notado uma grande loja da rede Kalunga, maior varejista de material escolar, papelaria, suprimentos para escritório e informática do País, na esquina da T-63 com a avenida T-4. Bem próximo dali, uma das construções mais imponentes é, sem dúvida, uma loja gigante da marca Petz, o maior pet shop do Brasil, que está se instalando na avenida.

Entre o início da T-63, onde ela se encontra com a avenida Circular perpendicularmente, e a Praça Nova Suíça, já existem poucos espaços disponíveis para locação. Até mesmo grandes áreas, com alto valor de locação e que ficaram muito tempo fechadas, já estão sendo reocupadas por novas empresas. O terreno que antes abrigava a Localiza, em frente a Praça Nova Suíça, com milhares de metros quadrados, já está locado para a instalação de uma futura unidade da rede de lanchonetes Burguer King, por cerca de R$ 40 mil.

A coordenadora comercial de Locação da imobiliária Brasil Brokers, Priscila Leão, confirma que houve um aumento da velocidade de locação na avenida, de meados do ano passado pra cá, inclusive para imóveis de valor mais alto. “Durante a crise, tivemos casos de imóveis que ficaram mais de dois anos fechados. Hoje, já temos o caso de um ponto comercial que foi locado recentemente, depois de ficar apenas 15 dias fechado. No local, será aberta uma loja de móveis”, conta. Ela atribui isso à maior confiança na economia.

Para a empresária Rúbia Bueno Vieira, proprietária de três espaços comerciais na avenida, outra grande barreira à locação foi a falta de vagas para estacionamento, depois da criação do corredor exclusivo para ônibus. “Como tenho estacionamento na porta, meus pontos nunca ficaram vagos”, garante. Ela conta que já viu muitas lojas que tiveram que se mudar da avenida por causa da falta de estacionamento para os clientes. Rúbia lembra que os comerciantes da região da Praça do Chafariz também viveram outro período de crise na época da construção do viaduto, quando muitos proprietários foram obrigados a fazer acordo com os inquilinos e reduzir o valor do aluguéis.

O vice-presidente do Sindilojas-Goiás, José Carlos Palma, diz que já está mais difícil encontrar os melhores pontos comerciais desocupados. “Alguns espaços que ficaram muito tempo fechados já estão sendo alugados”, destaca.

Foto: DR. One