Pedágio na 050 começa em março

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Valores iniciais de R$ 4,60 (Ipameri) e de 4,90 (Campo Alegre) serão atualizados pelo IPCA

Usuários da rodovia BR-050, que cortam nove municípios goianos, serão os primeiros a pagar pedágio em Goiás. A previsão é de que a cobrança comece no fim do mês de março. Se fosse hoje, o motorista teria de desembolsar em torno de R$ 4,60 na praça de pedágio instalada no município de Ipameri e cerca de R$ 4,90 no de Campo Alegre de Goiás.

Mas esse valor será atualizado em cima da variação do Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) até a data de cobrança. As informações são da MGO Rodovias, que assumiu a responsabilidade por administrar e tocar as obras na rodovia no trecho de 436,6 quilômetros entre Cristalina, em Goiás, e Delta, em Minas Gerais.

Em Goiás, a extensão do trecho concedido à empresa é de 218,5 quilômetros. A previsão é que até o fim deste mês sejam concluídas as obras de duplicação de 11,3 quilômetros no município de Cristalina e 15,35 quilômetros na proximidade de Ipameri. Os dois trechos somam 26,65 quilômetros de duplicação e cumprem as regras estabelecidas no contrato de concessão.

Conforme as normas, o valor só poderá ser cobrado dos usuários quando 10% das obras de duplicação estiverem concluídas. Para tanto, são necessárias vistorias e aprovação da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT).

PRAÇAS

As seis praças de pedágios na BR - 050 - quatro estão localizadas em Minas Gerais (Araguari 1, Araguari 2, Uberlândia e Delta) e duas em Goiás - estão em fase de edificação e instalação de equipamentos. Os serviços nas obras situadas em solos mineiros estão mais adiantados e a previsão é de que o pedágio comece a vigorar em fevereiro.

A empresa completou, no último dia 8, um ano de recuperação e melhorias na BR-050. Neste prazo, a MGO implantou nove bases operacionais provisórias de Serviços de Atendimento ao Usuário (SAU), quatro em Goiás (Catalão, Ipameri e duas em Campo Alegre).

O atendimento ao usuário faz parte do contrato das concessionárias responsáveis por administrar as estradas concedidas à iniciativa privada pelo governo federal. As bases oferecem ao usuário estacionamento, banheiros, fraldário, água potável, área de descanso, telefone público 24 horas por dia. Nesses pontos também ficam posicionadas as equipes e viaturas que, ao serem acionadas, deslocam para atender os usuários em situação de emergência.

BR - 153/060

Antes do fim do ano usuários das rodovias goianas já terão de pagar mais quatro pedágios para transitar pela BR-153/060, entre o Distrito Federal e Itumbiara, Sul do Estado. No segundo semestre, serão cerca de R$ 3 em cada um dos quatro pontos instalados nos 383 quilômetros que correspondem a Goiás (Alexânia, Goianápolis, Professor Jamil e Itumbiara).

Isso significa que, até o fim do ano, os usuários das rodovias goianas pagarão pedágio em quatro trechos localizados nas BRs 153 e 060 e dois na BR-050. Se fosse hoje, o motorista gastaria R$ 21,50.
TERCEIRA FAIXA

Segundo informações da assessoria de imprensa, a concessão da Triunfo Concebra, em sua totalidade, compreende 1,1 mil quilômetros das BRs 060/153/262 (que cortam o Distrito Federal e os Estados de Goiás e Minas Gerais). Para iniciar a cobrança, além da finalização da construção das praças e instalações de equipamentos, a empresa precisa entregar 10% da conclusão das obras de duplicação da BR-262 em Minas Gerais.

A próxima etapa será a obtenção da licença ambiental e finalização do término do projeto executivo para o início das obras de contorno da BR-153 no trecho urbano da capital e a terceira faixa entre Anápolis e Goiânia.

Antes de completar um ano de administração, a Concebra construiu 24 SAUs, sendo oito em solos goianos. Desde o dia 5 de setembro, estão à disposição do usuário sanitários, fraldário, área de descanso e água. No local ficam veículos de resgate e atendimento mecânico. O serviço de socorro médico e mecânico são gratuitos e podem ser acionado pelo telefone 0800 060 6000.

Prorrogado prazo para estudo sobre concessões

São Paulo - O Ministério dos Transportes prorrogou o prazo para entrega dos estudos técnicos complementares à concessão de três novos trechos de rodovias.
Com a decisão, as empresas poderão concluir as análises referentes a trechos das BR-364/060/MT/GO, BR-163/230/MT/PA e BR-364/GO/MG até os dias 19 de fevereiro, 16 de março e 30 de abril, respectivamente.
A ampliação do prazo está publicada em portaria no Diário Oficial da União de ontem.

RONDONÓPOLIS-GOIÂNIA

Os estudos são relacionados à concessão de 703,7 quilômetros da BR-364/060/MT/GO que ligam Rondonópolis (MT) a Goiânia (GO); de 439,2 quilômetros da BR-364/GO/MG que vão de Jataí (GO) ao entroncamento com a BR-153/MG; e de 976 quilômetros da BR-163/230/MT/PA, ligando Sinop(MT) a Porto de Miritituba (PA).
Segundo o Ministério, essas concessões pretendem facilitar o escoamento da safra do Centro-Oeste.

LEILÕES

Com os leilões, o governo vai consolidar a criação de um corredor rodoviário rumo aos portos da Região Norte do País e otimizar o acesso aos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).
Os estudos deverão considerar a demanda, a engenharia, a operação, a fluidez do tráfego, o meio ambiente, a modelagem econômico-financeira, além de apoio na elaboração de minutas de documentos.

O governo pretende usar esses trabalhos para elaborar os editais das concessões.

Anápolis-Aliança tem a tarifa mais cara

Uma das rodovias federais de maior importância para a cadeia produtiva de Goiás, o trecho da BR- 153 entre Anápolis e Aliança (Tocantins) foi o último concedido à iniciativa privada ano passado. O Grupo Galvão assumiu a rodovia no dia 3 de novembro.

Com forte volume de escoamento de produtos como óleo, farelo de soja, laticínios, aves, suínos, além de minérios, a rodovia concentra os pedágios mais caros de Goiás. Das nove praças, seis estão localizadas em Goiás e o restante em Tocantins.

Conforme informações da assessoria de imprensa, a praça situada no perímetro de Anápolis será a mais barata (R$ 2,80). Em Porangatu, será cobrado o valor mais alto (R$ 5,30). As demais praças serão construídas em Jaraguá (R$ 3,60), Rialma (R$ 4), Hidrolina (R$ 3,90) e Campinorte (R$ 5). Os valores são baseados na época da assinatura do contrato, em setembro de 2014, e serão corrigidos no início da cobrança, estimada para maio de 2016.

Até agosto deste ano, a empresa vai concentrar as atividades nos reparos e melhorias da pavimentação, recuperação e melhorias da sinalização horizontal e vertical, além dos dispositivos de segurança, como defensas metálicas e barreiras rígidas de concreto. Estão em execução recuperação de pontes, viadutos e elementos de drenagem.

CRONOGRAMA

De acordo com o cronograma, até novembro deste ano, a empresa prevê a conclusão de 60 quilômetros de rodovias duplicadas e deve contemplar os 624,8 quilômetros em novembro de 2019.
A partir de maio, a empresa afirma que terá implantado 13 bases de Serviços Operacionais Provisórios (BSO), onde funcionarão os postos dos SAUs, posicionados a uma distância de 50 quilômetros cada. Os usuários poderão contar com profissionais para atendimento médico-hospitalar e socorro mecânico. Os serviços serão gratuitos.

Os contratos com as concessionárias têm duração de 30 anos e prevêem o direito de exploração da infraestrutura da rodovia, com a responsabilidade de fazer a recuperação, operação, manutenção, implantação de melhorias e ampliação de capacidade. As concessões fazem parte do Programa de Investimentos em Logística (PIL), criado pelo governo federal em 2012.

Fonte: Jornal O Popular