Governo estuda mais dois túneis para o VLT

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O grupo executivo do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), do governo estadual, realiza um Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) para modificar o projeto executivo já licitado no ano passado. A intenção é verificar se é aplicável a existência de mais dois túneis, além do que já está previsto, no cruzamento com a BR-153, no Jardim Novo Mundo. Um dos túneis seria entre a Rua José Hermano até a Praça A, no Setor Campinas, e o outro entre a estação do Jóquei Clube e a Rua 20, no Centro. O VLT vai substituir o Eixo Anhanguera.

Com os dois túneis, os veículos leves ganhariam em velocidade por não passar por mais interferências, como os semáforos. Além disso, os comerciantes de Campinas e do Centro seriam contemplados em suas reivindicações, já que eles pleiteavam, junto ao governo, essa modificação para que não tivesse diminuição nas vendas com as obras do VLT. No projeto original haveria um calçadão entre a estação do Jóquei e a Rua 20, em que seria proibida a passagem de veículos automotores particulares.

Essas reivindicações foram levadas diretamente ao governador Marconi Perillo (PSDB), que então propôs o estudo para verificar se seria viável as modificações. O grupo executivo aguarda para a primeira quinzena de janeiro a finalização do estudo e até o final do mês deve bater o martelo sobre a decisão de fazer os túneis ou manter o projeto original. Na decisão vão ser observadas a elevação do custo da obra, o aumento no prazo para a execução e a real melhoria que as mudanças dariam ao projeto.

Segundo apurou O POPULAR, a intenção do governador é que o VLT use o subterrâneo. Já há até mesmo uma negociação com o governo federal para conseguir um aumento na verba de repasse para a obra em R$ 700 milhões, para que as mudanças fossem viabilizadas. Atualmente, a obra é estimada em R$ 1,3 bilhão, sendo uma parceria público privada em que R$ 800 milhões é verba estadual (de repasse da União) e R$ 500 milhões do consórcio vencedor da licitação, em que faz parte a Odebrecht e as empresas da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC).

O executivo Ricardo Jayme, que representa o grupo do Estado, relata que a existência de mais dois túneis não está definida e há, até mesmo uma proposta em fazer um grande terminal na Praça do Bandeirante, já que é o ponto de encontro do VLT com o projeto da Prefeitura de Goiânia, o BRT (Bus Rapid Transit, da sigla em inglês). Já a Prefeitura mantém o projeto original de fazer apenas uma estação para o BRT na Avenida Goiás, sob condições parecidas com o que é hoje. A decisão do Estado em relação ao local não deve interferir no projeto do BRT.

Desapropriações

O número de imóveis a serem desapropriados pelas obras do VLT reduziu ante ao que havia no projeto original. Na primeira contagem, 187 imóveis deveriam ser desapropriados, baseado nos registros contidos na Prefeitura de Goiânia. “Quando fomos ao local medir o tamanho dos terminais e das casas, vimos que não seria necessária essa quantidade”, afirma Ricardo Jayme. Na região da Avenida 24 de Outubro e no Terminal Praça da Bíblia, o grupo técnico encontrou 20 imóveis que poderiam ficar onde estão e não serão desapropriadas.

O grupo executivo do VLT aguarda a definição do fim das desapropriações, a emissão das licenças ambiental e de drenagem, e a vinda dos recursos federais para iniciar a execução da obra. A ordem de serviço está programada para ser emitida no mês de abril. A obra vai ser feita em blocos para diminuir os transtornos. Com os túneis, será possível trabalhar em até três turnos, já que não provocaria ruídos aos cidadãos. Ainda haverá reuniões com a Prefeitura para apresentar o cronograma de obras e os locais das frentes de trabalho.

Fonte: O Popular