Paulo Garcia lança obras de revitalização da Praça Cívica
Objetivo da administração municipal com a obra é resgatar traçado histórico da cidade e, principalmente, devolver o espaço à população
O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, lança na próxima segunda-feira, 02, às 9 horas, as obras de requalificação urbanística da Praça Pedro Ludovico Teixeira, a Praça Cívica. Ação é parte da restauração da arquitetura original da Capital, com as características históricas de sua fundação. A reforma será realizada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC Cidades Históricas), do governo federal. O projeto de reforma foi fornecido pelo governo do Estado.
A proposta prevê a manutenção da configuração original da Praça Cívica, restaurando os monumentos históricos existentes. Será desenvolvido um espaço de socialização para a população com enriquecimento do paisagismo e da iluminação local. A estátua do fundador da Capital, Pedro Ludovico Teixeira, que também dá nome à Praça, será reinstalada em um local de destaque internamente. Com a reforma, o estacionamento no interior da Praça deixará de existir e a circulação de veículos ficará restrita para acesso ao Palácio das Esmeraldas, residência oficial do governador.
“A nossa intenção é eliminar o estacionamento existente e, definitivamente, devolver a Praça Cívica às pessoas”, enfatiza o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano Sustentável, Paulo César Pereira. Para isso, segundo ele, a administração municipal pretende causar o menor impacto possível, fazendo prevalecer todo o aspecto histórico.
Com as mudanças, o local será totalmente devolvido à população. “O lugar onde, ao longo da história, foi ocupado pelo povo, com eventos de extrema relevância do País, como a manifestação popular das Diretas Já, além da vivência e convivência entre as pessoas foi se perdendo e cedeu espaço a estacionamento, mas o projeto inverte essa lógica e devolve o espaço à população”, conclui o secretário.
O projeto de Goiânia está entre os 425 selecionados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelos Ministérios de Cultura e do Planejamento, Orçamento e Gestão. O recurso, de R$ 12,5 milhões, será direcionado para obras de reestruturação, reconstrução, requalificação, restauração e conservação de espaços públicos, muitos tombados, e que passaram por análises técnicas com o objetivo de respeitar a história de implantação. A previsão inicial da obra de requalificação da praça, compreendida em 58.935 metros quadrados, é que seja executada em dez meses.
Na revitalização, será contemplada, além da restauração de bens tombados, a requalificação do espaço público, conjunto da Praça Cívica - Monumento às Três Raças, Pórtico, os Obeliscos e os bancos, além da restauração das duas fontes luminosas.
O projeto prevê ainda que todo o asfalto existente hoje na área interna e o concreto da calçada serão substituídos por pedras portuguesas, blocos e granitos vermelhos. Novas espécies de árvores serão plantadas e haverá readequação das espécies existentes no local.
Toda a iluminação no espaço interno será modificada, contemplando também as arcadas dos prédios que compõem o conjunto da Praça Cívica. Também localizados na área interna da Praça, os dois quiosques de vendas de produtos diversos receberão reforma, podendo assim oferecer aos frequentadores da praça mais conforto no local.
Além de um novo espaço de convivência para a população, a nova Praça Cívica também servirá para ciclistas. Haverá a construção de uma ciclo-faixa, interligando a existente na Avenida Universitária com a que será implantada no corredor da Avenida T-7.
Centro Único
O histórico de construção da Praça Doutor Pedro Ludovico Teixeira, a Praça Cívica, remonta a ideia original do espaço como sendo um pólo de irradiação para compor uma nova capital de modelo radiocêntrico, projetada por Atílio Corrêa Lima. No plano urbanístico de Goiânia, o arquiteto desenhou o Centro Cívico na parte mais alta da futura cidade, permitindo assim visibilidade maior e mais estratégica do Palácio das Esmeraldas (residência oficial do governador de Goiás) e acesso aos setores habitacionais e comerciais.
Em seu aspecto funcional, o espaço foi projetado com recintos de convivência, contemplado por duas fontes luminosas e uma área limitada por três principais edificações. A parte restante do local foi destinada à circulação viária com a função de conectar os futuros setores da cidade e, ao mesmo tempo, facilitar o acesso aos edifícios administrativos.
A conclusão de todo o complexo de obras da Praça Cívica foi em 1933, mesmo ano em que ocorreu o lançamento da pedra fundamental da cidade, realizada por Pedro Ludovico Teixeira. Por esta razão, a praça é considerada o marco inicial da construção de Goiânia. E foi o próprio ex-governador Pedro Ludovico o primeiro morador do Palácio, fato que evidencia a concentração do poder político-administrativo do estado e município nesta importante praça. Ela, no percurso da história, tornou-se um local de atração para os moradores da capital e palco de festividades cívicas.
Por Filemon Pereira, da editoria de Obras e Serviços Públicos, e Mauro Júnio, da diretoria de Jornalismo - Secretaria Municipal de Comunicação (Secom)
Fonte: Prefeitura de Goiânia