VLT Goiânia: Escola terá área desapropriada, Obras terão duas frentes de trabalho
Janeiro é apenas uma previsão otimista, por enquanto, para o início das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ao longo do Eixo Anhanguera, mas a empresa responsável pela implantação já sabe por onde o serviço vai começar: duas frentes de trabalho - uma iniciando na região do Terminal do Novo Mundo e outra na Praça A. Ambas as frentes seguirão sentido leste/oeste. A ideia é fazer a obra quadra por quadra dentro dos 24 meses de prazo.
Antes de começar a obra, o consórcio responsável pelo processo vai construir terminais provisórios para o da Praça A e o do Novo Mundo. O da Praça A vai ser transferido de local, inclusive. A intenção é deixar a Praça A como uma praça. Ao lado do terminal do Novo Mundo, a intenção é construir a sede da central que vai gerenciar o VLT e o pátio de trens.
O presidente do Grupo Executivo do VLT, Ricardo Jayme, afirmou que deve ser publicado hoje no Diário Oficial do Estado o decreto transformando em áreas de utilidade pública para fins de desapropriação 187 imóveis em pontos concentrados da Avenida Anhanguera. O decreto foi divulgado com exclusividade pelo POPULAR na edição de quarta-feira. A maior parte das áreas está localizada no Setor Novo Mundo, onde ficará a sede da empresa.
Negociação será após publicação
O presidente do Grupo Executivo do VLT, Ricardo Jayme, disse que a partir da publicação do decreto, na próxima semana o governo já estará atrás dos proprietários dos imóveis para dialogar sobre o valor da desapropriação. “Vamos oferecer um valor de mercado, ninguém vai ser prejudicado. É uma obra que vai trazer grandes benefícios para a cidade, não apenas de mobilidade”, afirmou.
Reportagem publicada ontem pelo POPULAR mostrou que muitos proprietários de imóveis que constam no decreto se mostraram surpresos com a inclusão e aborrecidos com o fato de não terem sido procurados antes. O presidente do grupo executivo informou que uma parte foi sondada há algumas semanas, mas que a negociação só poderia começar após a publicação do decreto.
Escola terá área desapropriada
Instituto de Educação de Goiás terá faixa do terreno usada por trem e vai abrigar terminal provisório
O Instituto de Educação de Goiás (IEG), uma das mais tradicionais escolas públicas na Região Leste de Goiânia, terá uma área de 7,6 mil metros quadrados do seu imóvel usada para a construção do terminal provisório da Praça da Bíblia, durante as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ao longo do Eixo Anhanguera. Além disso, 382,2 metros quadrados do IEG devem ser desapropriados para o trem. O presidente do Grupo Executivo do VLT, Ricardo Luiz Jayme, disse ontem que as aulas não serão interrompidas.
No total, serão desapropriados 187 imóveis, para a construção do VLT, na capital, conforme O POPULAR divulgou, na edição de 17 de setembro, com exclusividade. No dia seguinte, reportagem mostrou o descontentamento de donos dos imóveis que serão atingidos, criticando o que chamaram de falta de diálogo por parte do governo do Estado.
A desapropriação do IEG equivale a 0,61% do total da área (63.139 metros quadrados). A área, não edificada, se refere a uma estreita faixa com dimensões estimadas de 2,6 metros de largura, às margens da Avenida Anhanguera, por 147 metros de extensão, de acordo o Consórcio Mobilidade Anhanguera, responsável pela execução da obra. A concessionária divulgou, ainda, que o terminal provisório funcionará no IEG por 27 meses.
O prédio do instituto permanecerá intacto, segundo o presidente do Grupo Executivo do VLT, e não haverá “prejuízo para os alunos.” Ele não informou se as obras seriam realizadas fora dos horários de aula.
O governo de Goiás e a Secretaria Estadual de Educação não confirmaram se as aulas serão paralisadas durante os trabalhos. O governo informou, em nota ao POPULAR, que “a determinação é para que sejam tomadas todas as medidas para minimizar o impacto da obra ao menor nível possível.”
Fonte: Jornal O Popular (Cleomar Almeida)