Goiás tem mais de 27% de habitantes nascidos em outros Estados brasileiros

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IMB divulga estudo sobre migração em Goiás

Goiás tem mais de 27% de habitantes nascidos em outros Estados brasileiros, totalizando mais de 1,6 milhão de pessoas. É o que revelou estudo sobre a migração no Estado divulgado pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan). Denominado Panorama da Migração em Goiás e realizado a pedido da Superintendência de Assuntos Internacionais da Secretaria da Casa Civil, o estudo analisa a migração como uma das características principais da formação da população do Estado, buscando compreender as condições de vida e interação social dos imigrantes em território goiano.

De acordo com os pesquisadores do IMB, o bom desenvolvimento da economia brasileira e goiana faz com que Goiás se torne um centro atrativo de imigrantes. Esta atração é percebida não apenas entre os imigrantes que Goiás tradicionalmente recebe de outros Estados brasileiros, mas também de outros países, especialmente os latino-americanos.

Minas Gerais é o Estado de origem da maior parte dos migrantes que chegaram a Goiás. Pelos dados do Censo Demográfico de 2010, os mineiros somavam 302.813 habitantes, o equivalente a 5,1% da população total do Estado. Já a soma dos demais Estados por região de origem dos migrantes em Goiás mostra que o Nordeste lidera o ranking com 41,8% dos migrantes, seguido do Sudeste, com 25,9% do total. O estudo revela ainda que quase 9 mil estrangeiros moram no Estado, correspondendo a 0,1% de seus residentes.

O Panorama da Migração em Goiás evidencia desigualdade socioeconômica entre esses imigrantes e os demais residentes no Estado, tanto no que diz respeito ao acesso a serviços públicos como abastecimento de água tratada e saneamento básico, quanto às condições financeiras. O estudo pondera também que 71% dos nascidos em Goiás que deixam o País buscam a Europa, com ênfase na Espanha e em Portugal, enquanto 22% têm como destino os Estados Unidos.

A chefe do Gabinete de Gestão do Instituto Mauro Borges, Lillian Maria Silva Prado, ressalta que, mesmo que os dados sobre migração sejam restritos – foram utilizados os microdados do Censo Demográfico/IBGE de 2010 e os registros administrativos da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – o estudo alcançou seu intento, que foi o de mostrar e analisar as características peculiares da imigração externa e interna e da emigração de goianos ao exterior.

O estudo completo pode ser acessado aqui.

Fonte: Goiás Agora