Água do João Leite no tanque

12:05 1 Comments A+ a-


Lyniker Passos

Goiânia vive os prejuízos da tão esperada chuva, que caiu na cidade na segunda-feira e ontem no início da noite. A precipitação de ontem deixou cerca de 100 mil pessoas sem energia elétrica por mais de 12 horas. Os raios e ventos derrubaram inúmeras árvores, danificando fiações elétricas de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Trindade. A primeira chuva que caiu em alguns pontos da Capital na segunda-feira já havia prejudicado o fornecimento de água para 166 bairros. Por isso, muitas residências de Goiânia ficaram sem luz e também sem água durante todo o dia de ontem.

A normalização da distribuição total da água prevista para hoje foi adiada devido aos problemas elétricos. A Saneago informou que hoje será feita uma verificação e provavelmente a distribuição será liberada na sexta-feira. Já a Celg garantiu que os trabalhos estão sendo intensificados para que os reparos sejam feitos o mais rápido possível. O presidente da Celg, Carlos Antônio Silva, disse ontem à tarde que 15 mil pessoas ainda estavam sem energia. "Todo o problema será sanado até a noite de hoje (ontem)."

A dificuldade na distribuição da água se agravou com a falta de energia elétrica que prejudicou os trabalhos de bombeamento. Os aparelhos são movidos a energia elétrica e ficaram paralisados desde a noite de terça-feira. Anteriormente, o fornecimento de água havia sido interrompido por causa da qualidade da água, que foi alterada devido ao excesso de sujeira levada pelas águas da chuva ao Ribeirão João Leite. A Saneago faz um trabalho de escoamento dos reservatórios para que a água suja seja liberada e entre água com qualidade. Após isso é realizado o tratamento da água para o produto ser liberado. Segundo o superintendente da Saneago responsável pela região metropolitana, Rivadávia Matos, a vazão do Ribeirão João Leite foi expandida em dois metros para que os trabalhos sejam facilitados, assim a fuga de água suja será acelerada.

A Celg informou que a força da chuva e dos ventos rompeu cabos e danificou transformadores. Em todo o Estado, ocorreram 1.100 descargas elétricas atmosféricas. A força do vento, em alguns pontos de Goiás, atingiu 80 quilômetros por hora, informou a companhia. A reportagem não conseguiu contato com o Instituto Nacional de Meteorologia. O presidente da Celg justifica que a forte chuva e os vendavais são eventos naturais inevitáveis. "Tivemos ações fortes contra a carga elétrica. A região Centro-Oeste é uma área de grande propensão a queda de raios", disse Carlos Antônio. Ele afirma que existe sistema de proteção nas redes elétricas da Capital, "mas não em todas".

Para o presidente da companhia energética, o fato de Goiânia ser uma capital arborizada também tem seu lado negativo. "A fiação elétrica da cidade não é subterrânea, qualquer queda de árvore interrompe o fornecimento de energia", disse. Ele garantiu que grande número de árvores caiu ontem à noite. Carlos Silva garantiu que uma equipe maior está trabalhando para garantir o serviço à população. "Estão sendo priorizados pontos em que há maior população". O presidente ressalta que a Celg está preparada para resolver o problema.

A assessoria de imprensa da Comurg informou que durante todo o dia de ontem foram recolhidas 21 árvores que caíram devido à chuva. Os trabalhos de poda também estão sendo feitos para evitar novos problemas.

A comerciante Sulanei Moraes Lima, 51 anos, que mora no Residencial Sonho Verde, em Goiânia, está há dois dias sem água e 19 horas sem energia. "Na minha casa tudo é eletrônico, o portão é eletrônico", disse. Sulanei afirmou que não pôde lavar roupas e teve de solicitar os serviços de uma lavanderia. "Achei que era uma queda de energia normal, mas me enganei", reclama.

fonte: Jornal o Hoje

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Wildykson
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30 de setembro de 2010 às 14:51 delete

Os problemas de arvores caindo sobre a fiação é freqüente em Goiânia, o bom é que esse comentário é utilizado como explicação, e não como um problema a ser corrigido. Fiação subterrânea em Goiânia deve ser considerado uma das principais propostas, tem que haver uma gestão para resolver esse problema ou caso isso não aconteça, aceitar viver com esses problemas a vida toda.

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