Aeroporto de Goiânia: Situação Ridícula

‘Puxadinho’ do aeroporto tem conclusão adiada pela 5ª vez
Sala vizinha ao terminal que elevaria capacidade no santa genoveva é prometida para novembro
João Gabriel de Freitas
Previsto inicialmente para ser erguido até novembro de 2009 e, posteriormente, adiado para dezembro, julho de 2010 e, em seguida, setembro, a construção do Módulo Operacional Provisório (MOP) - uma ampliação contígua ao salão de embarque do Aeroporto Santa Genoveva - tem mais um prazo para sair do papel. Apelidado de ‘puxadinho’, o novo módulo, previsto agora para a primeira quinzena de novembro, abrange uma nova sala de embarque que deve ampliar a capacidade do Santa Genoveva de 600 mil passageiros ao ano para mais de 1 milhão ao ano.
Com a acomodação de passageiros totalmente saturada- em 2009 foi registrado o movimento de 1,7 milhões de pessoas no terminal - o puxadinho trata-se de uma medida paliativa frente à paralisação, desde abril de 2007, da construção do novo aeroporto.
Apesar do caráter emergencial da obra, os sucessivos adiamentos do MOP ocorreram, segundo o superintendente do Aeroporto de Goiânia, Jucélio Alves de Oliveira, por problemas de adequação do local. Por isso, foi necessário, primeiramente, uma avaliação técnica do Instituto de Pesquisa Tecnológico (IPT).
Com o laudo pronto e a previsão de custo em R$ 2,7 milhões, a ordem de serviço foi repassada para o Exército Brasileiro, que ajudará na conclusão da obra. "Estamos trabalhando para entregá-lo na primeira semana de novembro, mas a previsão certa vai depender mesmo do Exército", afirmou ontem Jucélio Alves de Oliveira, em tarde de apresentação do cronograma do MOP, no aeroporto, para o Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra), membros da Federação da Indústria do Estado de Goiás (Fieg) e da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
Projetado com uma área de 1,2 mil metros quadrados, o MOP será construído nos fundos de onde hoje se localiza a praça de alimentação do aeroporto, ligado por um corredor ao atual saguão de embarque. O puxadinho terá infraestrutura com sistema de som, painel de vôos e climatização.
Atualmente, encontram-se instalados no canteiro de obras do MOP as fundações e deu-se início a execução do piso elevado e da rede pluvial.
Estacionamento Também ontem, a direção do aeroporto informou que são previstas, para o final do ano, a conclusão do projeto de licitação para que o estacionamento do Santa Genoveva seja ampliado - e, assim, dirimir um dos grandes transtornos enfrentados pelos passageiros. Hoje com 450 vagas, o estacionamento deve ganhar outras 350 com a ampliação, orçada em R$ 350 mil.
Questionado sobre os sucessivos adiamentos da construção do MOP, o presidente do Conselho de Infraestrutura da Fieg, Roberto Elias Fernandes, não poupou críticas. "Estou até então frustrado diante de prazos longos e isso referente a uma obra que daria para ser concluída em dois meses. O pior é que se perdeu a oportunidade de se trabalhar na época da seca para retomar as obras agora, em meio às chuvas", aponta Roberto Fernandes.
Para ele, a falta de perspectiva diante da construção do novo aeroporto é ainda mais grave. As obras tiveram início em março de 2005, mas foram interrompidas em 2007, depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou superfaturamento de até R$ 73 milhões na obra calculada em R$ 339 milhões.
Diante da decisão do TCU de que a Infraero retivesse 23% do pagamento às empresas Via Engenharia e Odebrecht, ambas entraram com ação na Justiça Federal contra a Infraero que, por sua vez, alegou ser ela a lesada na relação. A definição do impasse e a possível retomada das obras depende agora de uma perícia técnica em andamento na Justiça Federal.
Para Roberto Fernandes, da Fieg, a falta de atuação de políticos locais e o descaso da União emperram ainda mais o novo aeroporto. "Falta uma ação mais efetiva de políticos locais, deputados, senadores, e até mesmo de líderes de entidades para poder cobrar a liberação de recursos e a efetivação da obra. O aeroporto é o cartão de visita da cidade. Quando um investidor de fora chega e tem essa recepção, com certeza repensa se vale investir", pondera.
A opinião é semelhante à do presidente do Goiânia Convention Visitor Bureal, Nasir El Haje Neto. "Estamos nessa conversa desde maio e vejo que não saímos do ‘se’. Quantos congressos importantes, quantos investimentos perdemos por esses entraves. Goiânia não pode viver do passado, de que tínhamos um aeroporto, tínhamos um autódromo, um zoológico, um teatro. É preciso que o goiano passe a cobrar mais", analisa Nasir.
Fonte: O Popular
Titulo Original: ‘Puxadinho’ do aeroporto tem conclusão adiada pela 5ª vez
1 comentários:
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