Previsto fechamento das comportas do João Leite

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Sinceramente fique super feliz com essa noticia, pois essa historia da Barragem do João leite tem tempo. Vamos ver se não fique parado de novo.

Está previsto para setembro deste ano o fechamento das comportas da barragem do João Leite, para formar o reservatório que vai fornecer água tratada a Grande Goiânia nos próximos 25 anos.
O represamento do Ribeirão João Leite começa em setembro deste ano, na região Norte de Goiânia. As obras da barragem já estão prontas e o desflorestamento da área a ser inundada foi concluído em 95%.

Operários trabalham em ritmo intenso para instalar máquinas e equipamentos necessários ao aproveitamento da água a ser armazenada pela barragem.

A barragem do João Leite não é apenas um dique de contenção, como parece à primeira vista. É uma instalação complexa destinada a represar e captar águas, controlando a vazão e mantendo estável o nível do reservatório. A captação é feita por meio de uma torre situada no centro da barragem, composta de dutos verticais que forçam as águas para as bombas de sucção e permitem controle preliminar da sua qualidade.

São três comportas de tomada de água e um descarregador, para fazer a “inversão térmica”, compondo um sistema que vai possibilitar a captura da água em vários níveis, conforme as conveniências técnicas de cada momento. “É um sistema moderno que vai tornar o processo de tratamento da água mais econômico", diz Caio.

Segurança e preservação ambiental

Estão em construção as válvulas responsáveis pelo controle da pressão das águas represadas sobre a barragem. Também está sendo construído um guindaste que, em junho, será instalado no topo da barragem para auxiliar os trabalhos de manutenção. Ele é que vai posicionar uma placa de concreto que vai fechar o canal de desvio, dando início, assim, ao represamento do João Leite.

O engenheiro Caio Gusmão estima que a represa estará formada entre 9 a 12 meses depois de fechadas as comportas da barragem, tudo dependendo do volume das chuvas. Quando atingir seu nível máximo, 44 metros a partir do topo da barragem, o reservatório de água terá um volume de 129 milhões de metros cúbicos, estendendo-se por 15 quilômetros com largura média de 900 metros e profundidade de média de 14 metros, com uma vazão de 6.230 litros por segundo.
Segunda etapa

A formação do lago é apenas a primeira etapa da construção do Sistema Produtor João Leite, de captação e distribuição de água. Enquanto o lago for se formando, as obras do complexo de tratamento e distribuição estarão em andamento.

Ao pé da barragem será construída uma estação elevatória com dois módulos de tratamento, com capacidade de manipular 4 mil litros por segundo. Três conjuntos de bombas jogarão toda esta água tratada para um buster, distante cerca de 190 metros da barragem. De lá, a água seguirá por gravidade, ao longo de oito quilômetros, até a Estação de Tratamento Jayme Câmara, no Setor Santa Genoveva, e de lá até os reservatórios da Estação Sesc, no Setor Universitário, de onde será distribuída para toda a cidade.

Segundo o engenheiro Caio Gusmão esta é uma uma solução original de engenharia, em que até certos equipamentos foram projetados exclusivamente para atender as especificações da Saneago. A construção das estações de bombeamento e de elevação, bem como a das adutoras que levarão a água bruta para a estação de tratamento, já está devidamente contratada, devendo custar RS 187 milhões.
O início das obras do sistema de tratamento e distribuição de água depende apenas da liberação dos recursos federais, não estando vinculado à formação do lago. Esses recursos serão liberados assim que cumprir todos os trâmites burocráticos no Ministério da Integração Nacional.

A obra será construída pela Saneago em convênio com o Ministério. A maior parte dos recursos, R$ 100 milhões, será alocada pelo Ministério. A contrapartida do Saneago será de R$ 83 milhões, sendo que R$ 68 milhões provêm de empréstimo junto ao BNDES e o restante dos cofres da empresa e do Tesouro Estadual.

Fonte:Goiás Agora