Goiás é responsável por 70% dos empregos gerados no Centro-Oeste

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Estado registra saldo positivo de 5.103 novos postos de trabalho criados em maio. Indústria de transformação e serviços puxam aumento das vagas. Setores preveem resultados ainda melhores


Goiás registra saldo positivo de 5.103 novos empregos formais em maio. O resultado corresponde a 70% das vagas criadas no Centro-Oeste, onde foram gerados 7.233 novos postos. Indústria de transformação e serviços foram os setores que mais colaboraram para o saldo positivo no mês passado. Números já eram esperados pelos representantes da indústria e comércio, que preveem resultados ainda melhores até o final do ano.

A vendedora Laila Lacerda Silva, 21, é uma das 8.504 pessoas contratadas pelo comércio varejista em maio. Após um mês desempregada, conta que conquistou a vaga após ter o currículo selecionado entre os cerca de 500 que a loja recebeu. Ao final, eram 15 profissionais disputando apenas seis vagas. Agora empregada e com o salário que superou expectativas, a meta é entrar para a faculdade de Direito. Afirma que ainda não pensa em ser promovida na empresa, mas ser destaque em volume de vendas na loja.

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho, o setor de serviços foi o que mais admitiu trabalhadores em maio, com 11.083 contratações, o segundo maior saldo positivo do Estado, de 1.368. A indústria de transformação é o setor que registra o maior saldo positivo na geração de emprego em Goiás, com 1.497 postos em maio. Apesar do resultado ser menor que no mesmo mês de 2008, quando o saldo positivo foi de 1.851 novas vagas, o presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Paulo Afonso Ferreira, diz que os números são significativos, porém já eram esperados pelo setor.

Período de colheita de soja e cana-de-açúcar foi o principal fator para a geração de empregos na indústria de óleo, álcool e açúcar, segmentos que mais contrataram, segundo o presidente. Paulo Afonso ressalta que, mesmo com o bom resultado, o setor segue com otimismo, mas com pé no chão. Isso porque, de acordo com ele, alguns segmentos ainda passam por dificuldades que devem ser superadas no segundo semestre de 2009, como o de móveis e confecções.

Compartilhando da mesma opinião, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg), Pedro Bittar, diz que os resultados nos setores industriais e comerciais estão dentro das expectativas. Ressalta que Goiás está entre os três Estados que geram mais emprego no ano e a meta é fechar 2009 entre os cinco. Destaca que o Estado está mantendo média mensal de mais de sete mil novos empregos por mês, o que significa quase 250 pessoas contratadas por dia. "É um ritmo muito forte para um ano de recuperação e deve continuar até final de 2009", prevê. Em 2008, Goiás fechou o ano com média mensal de 5 mil vagas.

Diário da Manhã