Reforma da Rua do Lazer, em Goiânia, deve começar em 15 dias
Programada para ser iniciada em fevereiro, a revitalização da via para pedestres na Rua 8, Centro de Goiânia, teve projeto reavaliado e necessidade de retirar quiosques Ainda vai levar mais 15 dias para o início das obras de revitalização da Rua 8, no Centro de Goiânia. Conhecida como Rua do Lazer, a via pública é a primeira da cidade que não permite a passagem de veículos automotores e sua reforma faz parte do projeto Reviva Goiânia, que pretende estabelecer melhorias em diversos pontos da cidade, sobretudo na Região Central. Prometida para ter início no começo de fevereiro, a nova previsão é que o serviço tenha andamento até meados de abril.
Isso porque foi necessário rever o projeto em razão da parte estrutural, como as caixas de saída de telefonia e esgoto, e as fiações elétricas. A medida também visa dar mais prazo aos trabalhadores que ocupam os dois quiosques montados na via. Quanto ao projeto, a superintendente de Planejamento e Gestão Sustentável da Secretaria Municipal de Planejamento e Habitação (Seplanh), Zilma Percussor Campos Peixoto, explica que, por causa dos reajustes, foi pedido mais tempo pelas empresas de telefonia e de energia elétrica, a Enel Goiás, para verificar o que pode ser feito.
Segundo Zilma, apenas na extensão da Rua do Lazer há cerca de 60 caixas que precisam ser mudadas de lugar ou ter as fiações retiradas. “Temos a necessidade de implantar os pisos táteis dos dois lados da via e as caixas estão neste trajeto. As empresas pediram mais tempo, nós até poderíamos falar para tirar tudo, mas é sempre melhor conversar”, afirma a superintendente. A estimativa é que essa situação já esteja resolvida na próxima semana.
Além disso, os dois comerciantes que atuam nos quiosques da via terão de sair dos mesmos enquanto a obra estiver em andamento. “Legalmente, nós temos de dar esse prazo de 15 dias para eles saírem. Mas estamos conversando para ver se eles saem antes, pois quanto mais demorar para sair, mais demorada fica a obra”, diz Zilma. A estimativa da Prefeitura é que a revitalização da Rua do Lazer seja realizada em 90 dias, mas há uma expectativa para que as obras sejam finalizadas antes mesmo deste prazo.
Zilma explica que a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra) e a empresa contratada para realizar o serviço têm condições de adiantar o projeto. Os demais comerciantes, que atuam nas lojas ao longo da via, não precisarão fechar as portas durante este período. A ideia é que sejam colocadas telas de proteção enquanto os trabalhos estarão na Rua do Lazer, mas o planejamento é que se inicie a revitalização pelos dois becos que saem do logradouro público e só vá para a via propriamente dita em um segundo momento.
Ao todo, as obras devem contemplar todas as duas quadras contíguas à Rua do Lazer, o que considera o perímetro correspondente às ruas 9 e 3 e avenidas Goiás e Anhanguera. De acordo com o projeto, o beco em que se localiza o Teatro Carlos Moreira será revitalizado com a temática de artes. O outro, localizado do lado oposto, será dedicado aos esportes e à cultura.
Chorinho
Zilma informa que este último espaço poderá receber apresentações artísticas já tradicionais do Centro, como o projeto de chorinho e também outras apresentações artísticas, mas não há ainda definição sobre isso, o que ficará a cargo da Secretaria de Cultura (Secult). A ideia é que se refaça o calçamento original da via, com a revitalização também das luminárias e do mobiliário urbano que compõem todo o trajeto. Além disso, os quiosques do local serão revitalizados, passando a ser montados em estruturas de alvenaria e com banheiros. A ideia inicial é que os permissionários hoje no local possam continuar atuando nos novos quiosques após o final da revitalização.
O custo das melhorias é orçado em R$ 275 mil, mas não será bancado pelo Tesouro Municipal. Isso porque a reforma é fruto de um programa da Seplanh por meio de uma parceria que utiliza as diretrizes de compensação do Projeto Diferenciado de Urbanização (PDU), aprovado em lei municipal de 2007, que aprovou o atual Plano Diretor e regulamentado em lei específica do ano de 2009.
De acordo com a lei, empreendimentos que se beneficiaram com a liberação para construir o PDU devem arcar com contrapartidas para o poder público e, então, a Seplanh definiu que uma dessas contrapartidas seja referente à revitalização da Rua do Lazer. Os custos públicos só ficam em questão das horas trabalhadas pelos servidores que vão atuar no local, tanto da Seplanh quanto da Seinfra. Outros locais emblemáticos da cidade, com valor histórico, também devem ser contemplados com revitalizações no mesmo modelo. Um deles deve ser a Praça do Cruzeiro.
Fonte: Jornal O Popular