MPF critica falta de planejamento e de integração entre obras do BRT e VLT

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As duas principais obras viárias previstas para Goiânia foram alvo de críticas do coordenador do Núcleo de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal, Hélio Telho, ontem, depois da reunião com representantes do Estado e da Prefeitura. Uma é o BRT (ônibus rápido), que cortará praticamente toda a cidade, e tem início previsto para março. A outra é o VLT (trem sobre trilhos) sobre o Eixo Anhanguera, do Estado, que não tem previsão para começar a obra. As duas serão bancadas por recursos federais.

“O que nos parece é que as duas obras atendem apenas interesses das empresas de ônibus, que serão beneficiadas diretamente pelo BRT e VLT. Não há projeto de interligação entre os dois sistemas, que vão se cruzar no Centro, mas Prefeitura e Estado não sabem como. São obras caras, que causarão grande impacto no trânsito durante sua execução, e não há garantia de que vão estimular o uso do transporte coletivo em detrimento do particular em Goiânia”, diz Telho.

Sem CNPJ

O consórcio privado que venceu a licitação para executar a obra do BRT ainda não tem sequer pessoa jurídica formada. A Prefeitura reclama de morosidade na Juceg.

Se prepare

A Prefeitura informou que pretende implantar no segundo semestre de seis a oito corredores exclusivos de ônibus na capital, como fez agora na Avenida 85. Simultaneamente.

Fora do Eixo

Embora a obra tenha sido licitada há tempos, o VLT deve demorar para sair do papel. Representante do Estado afirmou que ainda não foram concluídas mudanças no projeto de execução.

Fonte: O Giro/O Popular